Quando pesquisei ônibus para Maricá, vi que o 1º saía do Rio às 6:04 e levava 1:40 para chegar lá sem haver trânsito. Ou seja, só daria para correr se a corrida fosse às 9 h. Quando liguei para a organização, fui informada de que a corrida na verdade seria às 9 h em Itapuaçu, que é mais perto. Só que achei que o mesmo ônibus serviria. Na sexta, na antevéspera da corrida, fui ao guichê da Nossa Senhora do Amparo no Menezes Cortês e me disseram que teria que pegar um ônibus específico para Itapuaçu, cujo primeiro sai às 6:50 e leva algo em torno de 1:30 para chegar lá. Fiquei preocupada, ainda mais que no mesmo dia teria a Corrida da Ponte, o que poderia engarrafar o trânsito pois parte da pista em direção a Niterói ficaria fechada.
No dia 20 acordei às 5 h da matina, me arrumei e fui ao terminal do Menezes Cortês. O ônibus saiu no horário previsto. Estava indo tudo bem até pegar trânsito no final da ponte. Algumas mulheres no ônibus reclamaram de ter corrida na ponte e que ela deveria ser organizada em outro lugar. Respondi que era um só dia e que, por mais chato que fosse para quem fica preso no trânsito, era por uma boa causa. Todas as corridas são no aterro e é sempre bom ter uma corrida em um local diferente. Sem falar que a Corrida da Ponte era muito tradicional e que ficou anos sem ser organizada justamente por esse pensamento tacanho. O trânsito do outro lado também estava pavoroso. Cheguei a ver as mulheres da elite passarem. Parecia estar muito bem organizado, já que vi muitas pessoas do apoio na ponte.
Acabou que cheguei no terminal em Itapuaçu por volta das 8:10. Além do engarrafamento na ponte, tem muito sinal e quebra-molas no meio do caminho. O terminal de lá é muito bonito. Logo antes de chegar já era possível ver os cones da corrida. Do terminal até a largada, tem que fazer uma certa caminhada.
Peguei meu kit, guardei minhas coisas no guarda-volumes e fui me aquecer. Logo senti que não ia correr bem. Estava pesada e enjoada por conta da TPM. Durante a semana quase desmaiei na Avenida Presidente Vargas ao voltar do trabalho na quarta-feira. Como cheguei muito em cima, não deu para me aquecer direito. E pela falta de orelhões, liguei para minha mãe usando o telefone da organizadora, a Luz Marina.
Dada a largada, todo mundo foi e eu fiquei para trás. Não conseguia acompanhar as pessoas. Me arrastei do início ao fim. As médias foram: 4:26.2, 4:50.7; 4:22.3; 4:30.9 e 5:04.7. Me parce que as marcações dos quilômetros 2 e 5 eram maiores do que o correto. Acabou que terminei com 23:16, sendo a quarta entre as mulheres e a quadragésima-terceira no geral absoluto. Disseram que a subida atrapalhou. Era uma subida tão pequena que não dava nem para sentir. A de Itaboraí era muito pior. Havia terra também no meio do caminho, mas nada que atrapalhasse, pois ela estava seca. Um cara disse que a corrida tinha 5,3 Km de acordo com seu GPS. Impossível, já que os campeões fizeram tempos compatíveis com uma corrida de 5 Km. E se a subida fosse tão ruim assim, a campeã, Jéssica Ladeira, não teria feito 18 min, nem o campeão, 15 min. Só a título de comparação, em Itaboraí ela fez mais de 20 min.
Essa corrida também não teve muita gente. Afinal, a Corrida da Ponte era no mesmo dia. Falando nela, ainda bem que não corro meia-maratona. Já pensou correr desse jeito por 21 Km? No mínimo, iria sofrer muito, isso se não acabasse parando no meio.
Ao terminar, reparei o quanto a praia local era bonita! Estranho era ver que estava vazia. Me disseram que mesmo estando quente no dia, a água ali é muito fria. Além disso, o mar daquela praia é muito traiçoeiro. Desta vez a organização não tinha muita pressa e deu para comer muita melancia. Novamente na premiação teve o kit da Caixa.
O apresentador ficou brincando, dizendo que a corrida está tão famosa que até o Tony Ramos havia aparecido, se referindo a um homem muito peludo. Ele chegou a anunciar a próxima etapa em Nova Iguaçu no dia 17/06. Só que logo depois ele retificou a informação, dizendo que ela foi adiada. Só depois descobri o possível motivo: a Meia-Maratona Faz um 21 seria no mesmo dia e possível local na cidade. Na próxima etapa, em Volta Redonda, no dia 15/07, não estarei presente, pois no mesmo dia haverá a corrida da Quinta da Boa Vista da AVAt. Desta vez o presidente da FARJ, Carlos Alberto Lancetta, não estava presente. Afinal, ele estava no GP Brasil lá no Engenhão.
Numa hora, um homem imobilizou uma cadela. De repente veio seu dono e a levou. Pelo que entendi, fizeram isso para que não a agredissem preventivamente com medo de ataque.
Ao término do evento, voltei ao terminal. Peguei o ônibus novamente e dessa vez não peguei engarrafamento, mesmo com a parte final do sentido Niterói-Rio ainda parcialmente fechada. Em ambos os casos vemos carros demais com uma só pessoa. Tudo seria muito mais fácil se as pessoas abdicassem um pouco do "conforto" e andassem mais de ônibus e barca. Infelizmente parece ser proibido andar de bicicleta na ponte, o que acho ridículo.
Saltei na Avenida Presidente Vargas e peguei um ônibus para casa. Não precisei usar, porém acho que um ônibus desses para Itaboraí, Maricá e Santa Cruz da Serra tinham que ter banheiro. Se em dia sem trânsito demoram mais de 1 h, imagina com engarrafamento?
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