Campeonatos Brasileiros Caixa de Corrida em Montanha


Já fazia tempo que queria participar desta competição. Todavia, lesões e falta de grana me impediram de fazê-lo. Desta vez, vi que daria e que seria numa cidade chamada Santo Antônio do Pinhal em SP, no dia 27 de maio. Só tinha ouvido falar dessa cidade por causa do Circuito Brasileiro de Corridas em Montanha, no site Corridas de Montanha.

A dificuldade começava em como chegar lá. Nem o pessoal do site soube me informar direito. Disseram que eu teria que ir para São Paulo, de lá ir para São José dos Campos e só então chegar em Santo Antônio do Pinhal. Só que dá para ir direto do Rio para São José. Porém, para ir para Santo Antônio, teria que passar por Campos do Jordão primeiro.

Acabou que tive que pegar um ônibus do Rio de Janeiro para Campos do Jordão, que só tem uma saída por dia e para em várias cidades, e de lá pegar um ônibus para Santo Antônio do Pinhal, que tem poucas saídas por dia. Comprei a passagem com antecedência para o dia 25 de maio, numa sexta-feira, no guichê da Viação 3 Amigos temendo que o ônibus enchesse. O processo foi todo manual: pagamento em dinheiro e bilhete preenchido a mão. Na era da informática nunca pensei que fosse passar por isso. Comprei para a sexta-feira pois queria ter tempo para conhecer melhor a cidade. Se eu quisesse ir no sábado, teria que ir de 1001. As viações fazem a viagem em dias alternados.

No dia da viagem, o Thiago foi comigo se despedir. Ele estava um pouco chateado por não poder ir por causa do trabalho. Ao contrário do que pensei, não tinha quase ninguém indo para lá. O ônibus chegou com uns 15 min de atraso, saindo às 7:30. O despachante falou que deve ter sido por engarrafamento no caminho. Assim como eu, uma mulher estava preocupada por não conhecer a viação.

A viagem foi tranquila. O problema mesmo foi ele ter parado em Barra Mansa, Resende e Guaratinguetá, sendo a segunda parada muito longa. Quando estava chegando em Campos do Jordão, olhava o relógio o tempo todo preocupada com a hora para pegar o ônibus da Pássaro Marrom que saía de lá às 13 h e depois só às 18 h. O ônibus já estava atrasado e, para piorar, a estrada estava no esquema de pare e siga por causa de obras. Então, o motorista me deixou num ponto normal em Campos do Jordão bem antes da rodoviária, por onde o ônibus para meu destino passaria.

Estava frio (14 graus) e chovendo. Enquanto estava parada, fui tratando de botar gorro, luva. Como não enxergo, saí fazendo sinal para tudo quanto é ónibus da Pássaro Marrom. E ainda bem que fiz isso, já que o destino do que peguei era para Pinda, apenas passando pelo meu destino. Esse ônibus era mais confortável que o da 3 Amigos.

Logo cheguei e logo avistei o hotel e o shopping para a retirada de kits. Saltei e fui andando para a pousada. Em Santo Antônio não estava frio ainda. Também, a altitude de Campos do Jordão é de mais de 1500 m, enquanto Santo Antônio está "apenas" a uns 1100 m de altitude. Aproveitei e fui logo fazer o trote que faço em antevéspera de corrida. Fiz algo acima de 5 Km, em 28:20. Não tive dificuldades para respirar, apenas notei que meus batimentos estavam baixos mesmo estando cansada. Não sei dizer se isso é normal na altitude.

A TV lá não tem muita coisa. Passa mais programa religioso do que outra coisa. Não gosto do pastor Silas Malafáia, mas até que ele fala algumas verdades que valem para todos os que crêem.

À noite, tomei chá com biscoitos enquanto conversava com os donos da pousada, cuja casa fica lá dentro. A casa deles tem uma pequena piscina que dificilmente deve ser utilizada. O dono é um simpático senhor italiano, já tendo vindo ao Rio várias vezes, conhecendo até o La Mole. Sua esposa e netas também trabalham ali.

Na hora de dormir, não quis ligar o aquecimento por ficar com medo de um incêndio. Eu fiquei num chalé com 2 cômodos e varandinha. A sala com sofá-cama tinha lareira. Porém o quarto, só aquecedor a óleo. Se fosse um ar-condicionado que também esquenta como em Uruguaiana eu teria usado. Fechei tudo e dormi toda enrolada em 3 cobertores, com pijama e moleton por cima.

Acordei por volta de 7:30, dei um tempo e fui tomar café, que era servido de 8 h às 11 h. Comi bem: pão doce, francês, pão de queijo, suco de laranja, leite desnatado como cortesia para mim por causa da corrida, café, presunto, queijo minas, mamão, granola e manteiga. Estava bom, apesar de não ser muito variado. Durante o tempo de duração do café, fui visitar a cidade um pouco. Voltei por volta das 10:30 e fiquei até um pouco depois das 11 h. Como a pousada é pequena, não há problemas com isso.

A cidade em si é mínima. Só tem 6350 habitantes. Visitei as igrejas, a de Santo Antônio e a de São Benedito. Enquanto na primeira cheguei a presenciar um casamento, a segunda estava fechada. Visitei o "shopping", que é menor do que a Galeria 45 aqui do Rio, a praça do Artesão, local de largada, Rodoviária, os prédios da câmara municipal, prefeitura (mínimos!), polícias militar e civil (será que eles têm trabalho?), uma delegacia desativada (deve ter sido por corte de custos por falta de trabalho), a trilha e o mirante do Cruzeiro, o cemitério e um ateliê com belas esculturas. As placas dos estabelecimentos são muito bonitas, todas em madeira talhada. Para fazer os outros passeios ou andar de trem, teria que andar muito, algo não aconselhado na véspera de uma corrida. Lá tem muito pet shop e restaurante servindo truta.

Conversei com o pessoal da organização e disseram que eu ia gostar muito da prova. Na hora de ir tirar o kit também pedi detalhes a respeito de hidratação, guarda-volumes (que iria ao local da chegada), piso, etc.

O kit foi muito bom. Uma sacola boa, camisa boa, chocolate quente em pó e uma caneca de plástico.

Eu já tinha ficado sabendo que a corrida seria uma grande subida até um local chamado Pico Agudo a 1800 m de altitude. Sabia que seria difícil, algo que só fiquei sabendo quase antes de embarcar para a cidade. Talvez pensasse 2 x antes se soubesse disso na hora da inscrição. Antes de embarcar, vi também que não faria muito frio, com a mínima ficando em 10 graus no dia da corrida. Parece que no ano passado havia sido muito frio mesmo. O pior é que é frio úmido.

Por volta das 15 h fui a uma lan house. A conexão é muito lenta a ponto de não conseguir fazer upload das minhas fotos no Facebook. O local onde estava é tão fim de mundo que o Facebook não detectava onde eu estava. Lá acessei de novo a página da competição, onde li os nomes dos participantes. Só que as atletas de elite não estavam na lista. Enquanto estive lá, apareceram uns caras da organização que me garantiram que uma das feras estava inscrita e já estava na cidade, a Luzia. Contudo, nem ela e a Lucinha apareciam na lista. Disseram que mais tarde eu poderia ver a lista de todo mundo que pegou o kit da minha faixa-etária. Li também que o percurso seria muito difícil especialmente no final. Portanto, deveríamos poupar energia no início.

Antes de eu sair, por volta das 17 h, começaram a chegar umas pessoas todas agasalhadas. Aí eu me lembrei de ter esquecido meu casaco no quarto. Dito e feito, quando saí, morri de frio até a pousada. Não passei pelo termômetro em frente a rodoviária para ver a quanto estava a sensação térmica. Entretanto, passei pela praça do artesão onde estavam preparando uma festa junina. Tinha medo de que fizessem muito barulho e atrapalhassem meu sono.

Peguei meu casaco e fui ao shopping. Tinha gente treinando. Deviam ser atletas de elite para treinar à noite na véspera da corrida. Ainda não tinha saído a lista por faixa-etária. Eu não quis ficar para o jantar de massas. Comer fora sempre me deixa inchada.

Ao dormir tive que botar gorro e lusvas de tão frio que estava. Até dava para ouvir o barulho da festa muito baixinho ao fundo. Todavia, não dava para incomodar. O que incomodava era a friaca que estava fazendo. Quando li soube a pousada antes de reservar, todo mundo elogiava. Só uma pessoa reclamou de barulho. Topei pagar caro pois sabia que o atendimento era bom.

Barulho mesmo foi na hora em que acordei de madrugada para ir ao banheiro perto de 4 h da manhã. Quando deu 4 h, escuto o sino. Voltei a dormir. Ao acordar às 6 h, também escutei o sino. Não sei dizer se o sino lá toca necessariamente de hora em hora. Será que o padre é milico e quer acordar todo mundo?

Ao acordar, eu mesma preparei um nescafé e comi umas barras de cereal. Não é o ideal. Porém, o hotel só iria colocar o café mais tarde, por volta das 7:30 (antecipado por causa da corrida). Ao abrir a porta do chalé, quase caí dura para trás por causa do frio. Eu estava de short, sunguinha, 2 camisetas e casaco. Vi uns caras de calça de corrida e eles disseram que eu deveria ter uma daquelas por causa do frio e para não me arranhar.

Eu tinha deixado água no frigo bar. Como queria fazer gelo para passar depois da corrida, deixei-o no máximo. Como faz muito frio na cidade, minha água congelou! Lá é tão frio que a água da pia é aquecida.

Fui trotando até o local de chegada. Todo mundo com fumaça saindo da boca e super-agasalhado. Passei pelo termômetro e já fui me espantando que só tinha uma casa decimal. Ao constatar a sensação térmica de 6 graus às 7:30, quase caí dura para trás. Pena não ter fotografado, pois estava com o celular. Logo antes da largada estava marcando 7 graus.

A fila do guarda-volumes estava muito grande e demorava a andar. Eles erraram ao demorar a abrir os trabalhos. Estava preocupante pois a hora da largada se aproximava. Ainda na fila tirei todo o agasalho, ficando apenas de sunga e top. Todo mundo se espantou por causa do frio que estava fazendo. Meu medo era de congelar lá no topo.

Antes da largada, fui beber água na fonte natural. Não entendia isso de as pessoas levarem água para apenas 12 Km no frio se teria posto de abastecimento no percurso. E havia uma mulher dizendo que no ano passado ela passara sede pois a água dela havia acabado.

Me posicionei na largada e houve mais um erro. Anunciaram que a largada seria em breve para os 8 Km. De repente me aparece a Lucinha de número branco. O pessoal dos 8 Km tinha número amarelo e o pessoal dos 12 Km, branco. Ela falou que estava inscrita nos 8 Km e um cara falou que ela tinha que largar depois, pois ela estava com o número branco, o dos 12 Km. Eu sabia que ela correria os 8 Km pois apenas essa distância valia para a classificação para o Sul Americano no feminino, enquanto os homens teriam que correr os 12 Km. Sem contagem regressiva nem nada, de repente dão a largada. Ela ficou parada e depois saiu feito uma bala para alcançar todo mundo. Não havia tapete de chip na largada. Ela e a Luzia estavam peladas também.

Logo de cara vem um subidão que passa pelo cemitério. Quem vir as fotos pode constatar que lá é bem alto. Não dava para correr forte. No primeiro barro, que acho que foi molhado de propósito por falta de chuva, escorreguei. Olha que fui com meu tênis de pista que está com a sola mais rugosa do que o meu de competição. Um tênis de trilha realmente fez falta. Só não compro um pois quase não usaria.

Teve uma hora que não aguentei. Olhei para frente e para trás e todo mundo estava andando. Resolvi andar também isso ainda meio que no início. Estava enjoada e com dor de cabeça. Me sentia mal por isso. Tinha vindo de tão longe para andar? Procurava andar rápido. Me espantava o fato de minha frequência cardíaca estar alta mesmo estando apenas andando rápido.

Quando a subida era mais leve ou no fim de uma pesada, eu corria com as forças que tinha. Mesmo assim não era muita coisa, pois as panturrilhas doiam muito. Teve uma hora que comecei a disputar com uma mulher. Na caminhada eu andava mais rápido, já na corrida ela era mais veloz. Acho que acabou puxando demais e ficou para trás. Mais tarde também passei por uma mulher que estava morta.

Antes dos 4 Km estava morta de sede. Ao ver o posto d'água, parei, peguei um copo, bebi e o deixei no mesmo local. Só acho que se disseram que não teria copo d'água, deveriam ter cumprido. Muita gente acabou levando peso a toa. Teve gente que jogou na trilha, o que é errado. Como senti tanta sede durante a prova se estava tão frio? Aqui no Rio também é úmido e no frio não sinto essa sede ao treinar. Acho que é do esforço ou da perda de calor (onde perco umidade também) para o ambiente.

Teve uma hora que me passaram os atletas de elite dos 12 Km. Até que chegou um ponto onde vi que também andavam. Ou seja, não era só comigo. Faltavam mais de 2 Km e começou uma escalada. Na primeira parte, eu me agarrava às plantas para me ajudar na subida. Teve uma hora em que escorreguei e um homem que vinha atrás me ajudou a ficar de pé novamente. Depois veio uma pequena descida onde não dava para correr muito rápido porque a mata era fechada e havia muitos obstáculos no chão. Meu medo era o de torcer o pé.

Por fim uma última escalada que conseguiu ser ainda pior. Quando li que seria muito difícil, jamais iria imaginar algo assim. E o negócio não terminava mais! Passei pela placa apontando 1 Km (a marcação era decrescente). E tome de subida! Subia quase de quatro segurando na corda da organização. Era uma corda fina, porém bem resistente. Minhas forças já haviam se esgotado, minhas panturrilhas doiam muito. Vi um homem parado mais a frente. Comecei a incentivá-lo. Fomos juntos até o final. Teve uma hora em que escorreguei, me levantei e me encostei numa árvore para respirar um pouco. Até que comecei a ouvir gritos lá de cima chamando uma Camila. Olhei para frente e para trás e não via mulher próxima. Até que em fim veio o topo e pessoas lá em cima nos incentivando e ajudando. Caí logo antes, me levantei e corri para a chegada, em 1:11:41.7.

A vista de lá era um espetáculo. Pena que tinha muitas nuvens, pois ouvi dizer que dava até para ver Aparecida de lá. Peguei minha medalha, tomei isotônico e um chocolate quente que estava muito bom. Logo percebi que estava toda arranhada. Não queria comer muito por estar enjoada e querer guardar a barriga para o café da manhã do hotel. Peguei minhas coisas no guarda-volumes, que vi subir enquanto corrida.

Apesar dos erros, a corrida foi bem organizada e barata considerando a qualidade do kit, a pouca visibilidade, o baixo número de participantes e a dificuldade de se marcar o percurso. Eu paguei R$ 120,00. Quem fez no ano anterior pagou R$ 90,00. As inscrições ficaram abertas até quase a data por falta de gente. Aí eu me pergunto: por que as corridas da O2 e da Iguana são tão caras? As do Circuito das Estações Adidas saem por quase R$ 100,00 com 13 mil pessoas, kit vagabundo, sem dificuldade para marcar o percurso... Lucro o pessoal do Circuito Brasileiro de Corridas em Montanha deve ter. Senão, não fariam mais. O problema é o olho gordo da maioria dos organizadores de corrida de rua. A Luz Eventos, por exemplo, faz corridas de graça para a FARJ muito do bem organizadas e o presidente Lancetta falou que eles têm lucro vindo dos patrocinadores, que é revertido para a federação. A Spiridon também é outra que não cobra muito caro e visa o bem estar dos corredores.

Estava achando que tinha ido muito mal. Contudo, me disseram que eu tinha ido bem e chegado no bolo da frente. O pessoal de corrida em montanha é bem simpático, mais do que o pessoal que corre em rua. Muita gente ali é do interior, o que se percebe pelo sotaque.

Demorou a sair o ônibus que nos levaria de volta. Do meu lado estava uma garota que foi uma das primeiras. Ela fez em aproximadamente 1:05, sendo a quinta. Ela tem esse mesmo tempo na São Silvestre. Traduzindo, é corredora de elite. Corredores de elite e meros mortais conversavam normalmente. Assim como na rua, em geral corredores de longa distância profissionais são humildes.

Ao chegar fui direto para o hotel tomar café da manhã. Estava quente, fazendo 21 graus quando chegamos. Comi muito, desta vez com direito a leite integral. Um homem chegou junto e me espantou ao também comer muito. Ficamos até quase 11:30.

Voltei à praça do artesão para ver os resultados. Havia sido a sétima no geral feminino e a segunda na faixa-etária 30-39. Até daria para eu ir ao Sul Americano se algo desse errado com quatro mulheres na minha frente. Como ninguém seria louco de desistir, só lesão ou doença abriria vaga para outro. Brincadeiras a parte, jamais desejaria o mal de alguém para conseguir ir. Eu é que teria que ser melhor. Na minha frente só havia elite, com a Luzia sendo a sexta. Contando juvenil masculino e o curto masculino, ambas de 8 Km, eu havia sido a vigésima no total.

A premiação estava muito atrasada por causa de uma confusão com a Lucinha. Ela chegara em segundo. Todavia foi desclassificada porque estava inscrita nos 12 Km. Ela fez o maior barraco e chegou a dar uma banana para o organizador, o que não presenciei. Disseram que ela estava inscrita nos 12 Km por causa da premiação de R$ 700,00 para o primeiro e resolveu mudar porque os 12 Km não classificava para o Sul Americano. Mais ainda, na última hora resolveram dar o mesmo valor para os 8 Km feminino. Sinceramente, não vale a pena correr essa pedreira por tão pouco se for só por causa do dinheiro. Tá certo que ela por ser de elite tem a passagem e a hospedagem pagos pela CBAt por ser competição dela.

Fiquei me alongando na espera e chamei a atenção pela flexibilidade. O campeão do juvenil masculino era um menino novinho, de seus 15 anos. Acho muito duro colocar alguém tão jovem para correr um negócio desses. E não é que várias pessoas acharam que eu tinha corrido o juvenil, inclusive a Lucinha? Acho que isso quer dizer que não vou precisar de botox por enquanto.

Me cansei de tanto esperar e voltei para a pousada. Passei o gelo, tomei banho e arrumei as malas. Voltei lá e já estavam desarrumando tudo. Infelizmente perdi o pódio. Entretanto, peguei meu belo troféu da faixa-etária. Perdi a foto. Se fosse a primeira teria ganhado um sacão de chocolate quente. E esse negócio é gostoso mesmo com leite desnatado.

Voltei para o hotel e fiz o check-out. Me deixaram sair depois das 12 h para poder tomar banho e tal. A não ser no inverno descobri que a pousada fica fechada de segunda a quinta. Para quem estiver interessado, veja o site da Pousada Il Villagio. O local é muito bom, vale a pena e o preço meio salgado.

Como o próximo ônibus para Campos do Jordão ia demorar e eu perderia o ônibus para o Rio de Janeiro, pedi para a recepcionista chamar um taxi. Até isso é difícil de se arrumar em Santo Antônio do Pinhal. Ela me disse da próxima vez ir para Taubaté e ligar para a pousada pedindo taxi que não sairia tão caro, uns R$ 50,00. O taxista era o tio dela. Por falta de empregos, ele me falou que a cidade cada vez mais diminui. A corrida ficou em R$ 40,00.

Ainda tive que esperar mais de 1 h na rodoviária. Também era bem pequena, só que bonitinha. Já a de Uruguaiana, por exemplo, é bem maior. Contudo, é muito feia. Já a de Santo Antônio é mínima, porém bonitinha.

A passagem foi novamente preenchida a mão e paga em espécie. Fiquei conversando com uma senhora que estava em Campos de Jordão para um festival de poesias. Havia também um festival de dança ocorrendo na cidade.

Anunciaram o ônibus e voltei com 3 atletas. Eles me conheciam do Rio. Como sou desligada, não me lembrava muito deles. A volta novamente demorou muito. Uma senhora se incomodou por estarmos conversando. O ônibus novamente foi muito vazio. E ainda peguei engarrafamento na volta. Cheguei ao Rio de Janeiro depois das 22 h, peguei um taxi de corrida fixa por R$ 20,00 e voltei para casa. No dia seguinte acordei tardão e só dei um trote. Não fui trabalhar no dia 28. Só deu para treinar realmente bem na quinta-feira. E confesso ter tido medo de me lesionar. Sorte que estou inteira até hoje.

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