Copa Brasil Loterias Caixa de Cross Country

 


Participei apenas uma vez da Copa Brasil de Cross Country em 2006, ainda pelo Salgueiro, no CEFAN, no Rio mesmo. Não participei de outras edições seja porque estava lesionada, tinha que viajar e estava sem dinheiro, sem equipe na época em que eu era federada, ou o clube não quis inscrever. Desde que sou atleta nunca um atleta sem clube poderia participar sem ser convidado por ser de elite. Só que desta vez resolveram fazer diferente e permitiram a inscrição de avulsos e crianças, sendo que para os adultos foi bem barata, só R$ 50,00. Obviamente eu quis muito ir e fiz minha inscrição!

Como anunciaram o evento que estava adiado por conta da pandemia apenas no dia 27/11, ficou inviável ir de avião para correr no dia 19/12 porque as passagens estavam muito caras. Acabou que tive que ir de busão mesmo. 

De sexta para sábado dia 18 demorei a dormir mas consegui descansar e acordamos às 6 h, saindo antes das 6:30 para chegarmos na rodoviária. Lá comprei a passagem de 8 h de um semi-leito da viação Penha. O André não pôde ir comigo porque o aniversário da Luana, minha enteada, era no dia seguinte. 

Depois tomei café, esperei um pouco e fui para o ônibus, que, para começar, não estava exatamente na plataforma anunciada. Ainda por cima atrasou 15 min porque tinha passageiro faltando. Não foram embora logo porque havia a desconfiança de que alguém tinha comprado 2 passagens. Falando nisso, o ônibus tinha mais lugares vazios do que na hora em que comprei. O bom foi que mudei de assento e fiquei com os 2 para mim.

O ônibus ainda por cima foi devagar e cheguei na Rodoviária do Tietê quase às 15 h. De lá fui almoçar, comprar um lanche para depois e fui para o hotel em Osasco. Peguei metrô, trem e cheguei rapidamente ao local. 

O local da competição era no parque Cemucam, a 30 min de carro do hotel. Esse parque é municipal paulista, porém fica no município de Cotia.

Não gostei do Ibis Budget de Osasco porque a recepção era no Ibis ao lado, tendo que sair do hotel para acessar a recepção. Precisei mudar de quarto para ficar longe do elevador. Mesmo assim, tive dificuldade para dormir pois as pessoas ficam fazendo barulho, entrando e saindo, arrastando a cadeira etc depois do horário. Eu tentei dormir às 20:30 mas só devo ter caído no sono depois das 0 h.

No dia 19 acordei às 5 h, comi um sanduíche que tinha feito na véspera, briguei com a máquina de café da recepção para entender como funcionava, que custava absurdos R$7,00, peguei um Uber e cheguei ao lindo parque às 6:10.

Estava 17°C sem chuva. Fui pegar meu número, ao banheiro, me aquecer e, ao largar, só tinham 6 homens e 5 mulheres na largada do 40+ às 7 h. Tinha um senhor de cabelos brancos por lá que eu pensei que ia junto. Entretanto, ele era federado, tinha 74 anos e fez os aproximadamente 10,6 Km da prova dele em mais ou menos incríveis 56 min!

Dada a largada às 7:02, não sai muito forte, com 3 mulheres e 4 homens na minha frente. Até tentei não deixar passarem os outros dois homens na minha frente, mas não consegui. Acabou que desde a 1° volta estava em penúltimo geral. Ao passar pela 1° volta, já percebi que a volta tinha mais de 2 Km. O posto de água estava corretamente a exatos 1 Km da largada, como previsto, só que o resto da volta tinha mais de 1 Km. Acabou que fiz as 4 voltas de aproximadamente 8,5 Km em 47:31, com frequência cardíaca média de 167 e máxima de 175. O percurso em si não foi difícil, pois estava seco (O tal senhor queria tomar banho de lama rs), com grama no geral baixa e subidas leves. Para mim o pior foi a altitude de 850 m. Na classificação, fui a 4° de 5 no 40+ feminino, a 9° geral de 10 mulheres e a 20° de 21 pessoas que correram os 8 Km, contando todas as 3 baterias que correram os 8 Km: 40+ avulso, 18-30 avulso e juvenil masculino. 

Peguei minha medalha e aproveitei para pegar um Uber que estava voltando. Ele queria entender o que era uma corrida de cross country. Cheguei no hotel antes das 8:30, tomei banho, fiz check-out e fui para SP, onde cheguei às 10:30. Almocei cedo e fui para à rodoviária. Comprei a passagem leito das 12:30 da viação Expresso Diamantina porque supostamente era sem paradas. Ao descer para a plataforma, vi que estava entupida de gente, com vários ônibus atrasados. Como meu ônibus chegou em cima da hora despachante estava muito enrolado com a verificação das passagens, só saímos às 12:55. Para piorar, teria parada em Resende. 

O ônibus era bem confortável. Contudo, tive que trocar de lugar causa do carregador USB quebrado. O pior foi o banheiro, com vaso e pia entupidos, e sujos. Na parada em Resende por volta de 16:15, reclamei com o motorista. Ele não entendeu porque o ônibus tinha sido lavado antes. Porém, ao abrir o banheiro para mostrar, estava desentupido. Alguém deve tê-lo conseguido. Já a parada foi de 35; não só de 20 min. Acabou que só cheguei às 19:10, 55 min do previsto. 



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