Vidigal de Braços Abertos


Nem achava que o Projeto de Braços Abertos voltaria mais. Ainda em agosto tinha olhado o site só por olhar e não tinha novidade nenhuma. Até que no dia 16 a Elza mandou o link da etapa Vidigal 2022. Só que as inscrições tinham aberto no dia 9 e pareciam esgotadas por não haver lugar onde se inscrever. Perguntei a ela como tinha ficado sabendo da corrida e ela respondeu que tinha sido pelo Face. Só que olhei as páginas do Face e Insta do projeto, mas não havia nenhuma novidade lá. Liguei para a organização, a X3M, e disseram que de fato estava esgotado e nem chegando na hora iria conseguir fazer a inscrição, como muita gente conseguiu em edições anteriores. A única coisa que consegui foi trocar meu e-mail de cadastro para tirar o da PUC que não existe mais. Se eles tinham comunicado a abertura das inscrições, foi para a professora Juliana que ficou com meu antigo e-mail. 

Já tinha desistido quando, na quinta dia 22, estava com meu marido aguardando sua consulta no médico e, ao acessar o Insta, o perfil do projeto estava cheio de stories. Aí vi que tinha aberto novamente e fiz minha inscrição pelo celular mesmo. E consegui fazer rápido, porque provavelmente não foi anunciado. Dias depois aparentemente ainda tinham inscrições. O único problema é que tinha treinado forte até então durante a semana.

Na sexta à noite já deixei tudo pronto: roupas, documentos, agendamento de Uber, quilos de alimento, etc. De quinta para sexta não dormi muito bem, porém de sexta para sábado foi razoável. Estava me atrapalhando uma gripe leve que tinha pegado e estava me deixando toda entupida.  

Na véspera, dia 24, dormi bem, no dia 25 acordamos às 6 h, pegamos o Uber às 6:50 e chegamos no local de largada às 7:10. Lá tiramos fotos, inclusive com o Fly, e enfrentamos uma baita fila para pegar o kit. Encontrei vários amigos, como a Elza, Sônia, Alexandra, Edivaldo e Ronan, esses 2 últimos da época dos treinos com o Vinicius. Ao contrário da última edição no Vidigal, tinha bem mais gente. Muito mais gente significa arrecadação de alimentos bem maior. E mesmo com tantos inscritos, os banheiros químicos ficaram limpos e com papel higiênico mesmo depois do fim da corrida.

Às 8 h fui me aquecer na Niemeyer e vi a Brígida. A largada estava marcada para às 8:30, contudo atrasou um pouco para que todo mundo conseguisse retirar o kit. Sorte que estava frio, entre 20 e 21 ºC. Fiquei mais para a frente no lado direito. A largada foi no mesmo local de sempre: em frente à escola Stella Maris, descendo a ladeira.

Às 8:43, foi dada a largada. Forcei correndo até a primeira subida pesada, que no início era a mesma das edições anteriores. Ali eu até tentei, entretanto é tão inclinado que não dá para correr. Depois de muita rampa, vieram as subidas em escadas estreitas. Ali ia andando rápido e me segurando onde tinha corrimão. Nesse trecho passei vários corredores. Depois veio a descida, primeiramente em escadas e depois, em rampa. Nessa parte fui ultrapassada várias vezes por ser ruim em descida. Mesmo descendo com "pés de pato", os degraus eram muito irregulares. Além disso, toda a parte pelas casas é bem estreita, seja em escada seja em viela. Nesta edição, a chegada foi subindo a rampa no sentido oposto à largada. Acabou que fiz os 3,85 Km pelo meu relógio em 29:34, com frequência cardíaca média de 169 e máxima de 176, o que mostra que fiz um enorme esforço nas subidas. No percurso vários moradores nos incentivavam e teve água nos 1º e 2º Kms.

A distância dada como oficial era de 4,2 Km, o narrador falava em 4,3 Km, todavia cada GPS pegou uma coisa diferente. Entre os que vi, o meu foi o que pegou a menor distância. Em nenhum momento fiquei sem sinal para dizer que foi isso que fez com que o meu marcasse menos. Será que ele mede só o deslocamento horizontal? E ainda tinham as curvas fechadas que atrapalham o GPS. 

Não teve chip e nem anotaram os tempos dos corredores. Só sei que cheguei depois da segunda moradora do morro. Entre ela e eu havia mais uma que era de fora. Na subida das escadas cheguei a passar essa atleta que foi a segunda, todavia ela me passou de volta enquanto descíamos as escadas, que são muito apertadas e irregulares. De acordo com meu marido André, devo ter ficado entre as 5 primeiras de fora do morro.

Assim que chegamos fui comer umas maçãs e descansar um pouco. Ainda sentia meu nariz todo entupido. Recebi uma bela medalha e um lindo boné alusivo aos 10 anos do projeto. A camiseta também foi muito bonita! Antes da premiação, às 10:10, fomos embora correndo. Minha meta era fazer uns 9 Km para complementar o treino. Descemos a Niemeyer, pegamos a Visconde de Albuquerque e a Jardim Botânico. Como não está acostumado, deixei o André no ponto no meio do caminho na rua Jardim Botânico e continuei até o Flamengo. Lá fiz um lanche e caminhei até a estação do Catete, onde peguei o metrô para voltar para casa. Ao chegar já vi minha medalha nova pendurada no lindo porta medalhas que o André fez para mim! Fui logo colocar um gelo e tratar meu pé esquerdo, aquele que está com tendinite, e que sempre dói mais depois de muitas descidas. Na segunda e, ainda pior na terça, fiquei com as coxas MUITO doloridas, provavelmente causadas pelas ladeiras extremamente íngremes.

 

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