3º Circuito Fluminense de Corrida Rústica e Caminhada - Etapa Petrópolis


Eu achei que não teria a 3º edição do circuito. Afinal, logo após o término do 2º, tiraram o logo da Allen Esportes do site da FARJ. Mais ainda, a Corrida e Caminhada Superar teve as inscrições feitas pelo sistema da Allen. Contudo, no final, o chip foi o de sempre. Sem falar que nas últimas etapas não criavam aqueles belos vídeos em AutoCad. Apesar de os resultados volta e meia terem erros e o formulário de inscrição ficar estranho ao ser impresso, o site deles era bem bonitinho.

Já o link que a FARJ colocou para a inscrição é um tanto confuso. Não tinha inscrição separada para as diferentes distâncias de corrida, o regulamento era meio que copiado dos padrões que se vê por aí e o que era pior, não tinha o horário nem o local da largada. A informação de retirada de kit também estava errada. Porém, quando avisei à organização, corrigiram.

Quando digo que o regulamento é copiado, me refiro a coisas como não poder pegar o kit no dia. Nesse circuito quem é de fora da cidade pode pegar sim. Já reparei que vários regulamentos de corrida não refletem a realidade por serem copiados de outras corridas.

Mandando e-mail consegui as informações que faltavam. A largada seria às 8 h, na Praça do 14 Bis e tinha que levar 1 Kg de alimento não perecível. Pedi no e-mail que me inscrevessem na prova de 9 Km, a de maior distância.

Comprei minha passagem na sexta-feira anterior ao evento. Não queria ter surpresas, como o concurso para professores que aconteceu no dia da Superar. Na véspera tive alguma dificuldade para dormir e, por problemas hormonais, estava um tanto inchada. O taxi em marquei para 05:15.

No dia, acordei às 4:30 um tanto sonolenta, fiz tudo o que tinha que fazer, peguei o taxi e fui para a Rodoviária. Desta vez não teve atraso na saída do ônibus, já que o guichê já estava aberto. O ônibus foi vazio e pude me deitar. Entretanto, como sempre, não consegui dar um cochilo sequer.

O ônibus chegou lá às 6:30. Como não estava no ponto o 100, que leva ao centro da cidade, resolvi pegar um táxi. Assim que o táxi saiu, o 100 estava lá parado. Todavia, não sei se seria uma boa idéia pegar aquele ônibus. Ele demora a sair e roda muito.

Cheguei no local de largada por volta de 6:50. Ao contrário da previsão do tempo, estava quente e com sol. Eu fui toda agasalhada com medo de pegar frio novamente e acabei carregando um baita fardo.

O pessoal da organização como sempre foi muito simpático comigo. Na hora de pegar meu número, deu um problema. Eu estava na relação dos 5 Km. A questão foi resolvida prontamente junto ao pessoal do chip. Fui me informar quanto ao horário da corrida da semana seguinte em Teresópolis. Eles ainda não sabiam ao certo qual seria, pois dependeria da prefeitura da cidade. Acho que por isso não colocam local e horário no site. Talvez as prefeituras possam mudar isso em cima da hora.

Fiquei lendo o resto do meu jornal e fui me aquecer na praça ao lado como da outra vez. Me sentia um pouco pesada, com as pernas meio presas e meio soneca. Fiquei espantada com o número de pessoas presente. De acordo com a organização e minha intuição, foram umas mil pessoas.

A largada atrasou uns 5 minutinhos, nada demais. Estava quente, mas nada insuportável. A marcação do 1º Km estava visivelmente errada, estando quase 100 m a frente. Afinal, passei por ela com quase 5 min. Até fiquei preocupada, pois até então não dava para ter noção do erro. Contudo, com o passar dos quilômetros, a média de 4:30 me acalmou.

A corrida teve dois postos de água, com subidas e descidas o tempo todo, mas nada muito íngrime. O quilômetro 8 também estava uns 100 m mais afastado. Por fim, a corrida não teve os 9 Km anunciados e sim uns 8,4 Km de acordo com o GPS de um amigo meu de longa data, o Eliezer, e minha intuição. Fechei a corrida em 37:52.

Na chegada, fui recepcionada com a faixa de chegada. Porém, não sabia a minha posição, se tinha sido segunda ou terceira. Peguei a medalha, bem melhor do que a do ano passado, e fui para a mesa de frutas. A camiseta deste ano também é bonita, apesar de eu preferir que fosse mais comprida para esconder melhor minhas banhas.

Na comilança, passei longe do bolo, que é muito gostoso. Não queria engordar ou ficar enjoada na volta ao Rio. A volta no ano passado foi terrível! 31 pedaços do bolinho me deram um tenebroso enjôo. Portanto, fiquei só no abacaxi e na melancia. Talvez por causa da serra eu estivesse meio sem fome e nem comi muito como de costume.

Acabou que fui a terceira. Vendo no site da ChipTiming, vi que fui a vigésima terceira no geral absoluto. Além das flores e um belo e pesado troféu (e bota pesado nisso!), ganhei um brinde da Caixa: sacola de treino, porta GPS/iPod, camisa, garrafa e 2 bonés. Não sei mais o que fazer com os muitos bonés da Caixa que já ganhei!

Ao final, consegui uma carona "presidencial" juntamente com dois rapazes que trabalharam na corrida. Penso em um dia ser dirigente esportiva e, conversando com o presidente da FARJ, Carlos Alberto Lancetta, não imaginava que isso poderia ser tão difícil. Se um dia de fato eu quiser ser dirigente, vou estudar muito antes para não fazer feio. Ele me falou o quanto estudou para chegar onde chegou. Só honestidade, inteligência e boa vontade não serão o suficiente se eu não souber o que terei que fazer. Antes de qualquer eleição, seja ela qual for, sempre brinco dizendo que vou me candidatar. Só que até para ser um bom síndico de prédio tem que ter algum preparo. Não adianta ganhar, chegar na hora de assumir e dizer: "E agora, o que vou fazer?" Só sei que esse negócio de ser dirigente vai ser só depois de eu me aposentar, já que dirigente não pode ganhar salário. Não daria para eu ser atleta, trabalhar e ser dirigente ao mesmo tempo. Não vejo problemas em ser atleta e dirigente ao mesmo tempo.

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