3º Circuito Fluminense de Corrida Rústica e Caminhada - Etapa Angra dos Reis


A corrida seria no dia 5 de janeiro. No dia 5, eu já estava me preparando quando recebo um e-mail da organização dizendo que a corrida foi adiada para o dia 12 por causa dos estragos de uma forte chuva. No dia 12 também estava chovendo e, por isso, eu olhava meu e-mail e o site várias vezes para saber se não iria ser cancelada. Como não foi, às 14 h me mandei para a rodoviária.

Chegando lá, vi que estava cheia e quase que não consigo bilhete para o ônibus das 15 h, estando quase todo cheio. Na hora de pegar o ônibus, que chegou atrasado, um rapaz gordinho e fumando, acompanhado de outro magrinho, me comprimenta e pergunta se eu estava indo para a corrida. Não o reconheci e sabia que pelo tipo não era corredor. Só quando ele se apresentou e impostou a voz é que eu vi que era o apresentador da corrida, que eu descobri que se chama Fábio. O outro rapaz era o Fernando, filho da Luz'Marina, organizadora da corrida.

Acabou que ao entrarmos no ônibus havia vários lugares vazios e deu para ficarmos próximos e conversarmos bastante durante a viagem. Acho que muita gente compra a passagem e desiste por conseguir uma carona. Eles falaram que o ônibus das 16 h estava cheio e que devia ser de corredores do Rio indo para lá.

Chegamos lá só às 18 h devido ao atraso no ônibus e um engarrafamento por causa de um acidente na altura de Campo Grande. Eles estavam atrasados e fui junto com eles em um taxi. De acordo com o Fernando, bronca de mãe é a pior que tem.

O local da largada era muito bonito, no Cais Santa Luzia. Tirei algumas fotos de lá. Já estive em Angra há muitos anos atrás, porém nunca visitei a cidade em si.

Na hora de pegar o kit, a Valéria já veio querendo saber o número de minha conta bancária, pois teria premiação em dinheiro. Até achava que teria mesmo, pois em 2011 teve e deu até queniano na prova. Sabia que não teria chances, ainda mais com a garganta inflamada. Disse a ela que estava perdendo tempo e dei o número mesmo assim.

Estava ventando, o que me deixava ainda mais temerosa quanto à saúde. Fiquei conversando um bom tempo com a Domiciana e o Josecarlos debaixo da barraca de frutas.

Chegou a hora de eu me aquecer e nada do GPS funcionar. Até que ele começou a pegar as distâncias e ficou certinho, não parando mais. Parece que o segredo para ele pegar bem é esperar um bom tempo até ele se sincronizar bem com os satélites. Apesar de ser descampado, havia muitas nuvens, o que atrapalha bastante o GPS.

Chegou à hora da largada e nada de a corrida começar. O apresentador, que me disse que é ator e apresentador de festas, dançou e rebolou sem a menor vergonha. Ele mesmo diz que a organizadora o incentiva a fazer essas coisas. É bom que ajuda a descontrair e tirar a ansiedade.

Demorou, demorou e a organizadora veio dizer que um carro enguiçou no meio do percurso e que precisavam tirar o carro para começar a corrida. Antes disso, ela disse que a corrida teria menos de 4 Km, sendo encurtada por motivos de segurança.

Quando deram a largada, eu saí mais devagar e depois puxei o quanto podia. Eles fecharam o trânsito para a corrida, o que deixou muitos motoristas zangados. Acabou que na última virada vi que era a quinta. Pelo que a própria Domiciana estava falando, a organizadora havia dito que não teria premiação em dinheiro. Pelo visto, a decisão foi feita na última hora e, por isso, muitos atletas candidatos a ganharem dinheiro não apareceram.

Acabou que terminei os 3,1 Km pegos pelo meu GPS em 13:30, com passagens de 4:12, 4:27 e 4:51, e frequências médias de 174, 180 e 182. Se tivesse bem e mais em forma, dava para pegar o quarto lugar, já que ela fechou em 12:50. Para a minha surpresa, a Jéssica Ladeira foi a segunda porque seu chip caiu 2 vezes. A campeã foi outra ferinha, Viviane Amorim, de Barra Mansa.

A premiação não demorou muito. Ganhei o mesmo kit da Caixa e troféu de sempre. Para os moradores de Angra tinha um brinde diferente. Bem que poderiam dar para todo mundo. Acabando a premiação, peguei umas maçãs e me mandei para a Rodoviária.

Chegando lá, o ônibus de 20:40 tinha acabado de sair e o próximo só chegaria vindo de Paraty às 22:40. Nem o guichê estava aberto. Corria o risco de o ônibus chegar e nem lugar ter. Se a corrida não tivesse atrasado eu não teria problemas.

Chegaram o Fábio e dois atletas, a Neilda, a terceira colocada, e o José Gutembergue, o campeão, ambos da Pé de Vento. Ele teria que dormir na rodoviária pois não chegaria a tempo de pegar o último ônibus para Petrópolis onde mora. O fato é que quase ninguém do Rio de Janeiro foi para lá. O Fábio contou que além de tirar o carro enguiçado, tiveram que esperar a ambulância chegar, pois ficou presa no engarrafamento causado pelo carro quebrado.

Quando o ônibus chegou, por volta de 23:05, é que me dei conta que pagando a passagem com o motorista precisaria de dinheiro. Por sorte eu tinha, pois tinha pedido uns remédios e um deles estava em falta, o que fez com que eu tivesse mais dinheiro na carteira. Disse o motorista que se eu não tivesse dinheiro se daria um jeito. Jeito que eu acreditava ser tirar dinheiro no caixa-eletrônico da rodoviária do rio (não tinha caixa na de Angra dos Reis).

O ônibus até que não estava muito cheio. Eu bem que tentei dornir. Contudo, o balanço do ônibus e o desconforto das cadeiras sempre atrapalha.

Chegamos ao Rio por volta de 1:15 e quem disse que os caixas eletrônicos funcionavam? Para evitar assaltos, eles não funcionam depois das 22 h. Ao invés de aumentarem a segurança da cidade, nossos governantes "tiram o problema". Só que se esquecem que os bandidos sempre dão um jeito de fazer um ganho. Se não forem roubar quem tira dinheiro do caixa-eletrônico, vão roubar um carro, uma casa, etc. Sorte que descobri que tinha mais um dinheiro escondido e pude pagar um taxi. Se a cidade não fosse violenta, eu voltava a pé. Só que infelizmente não moro na Inglaterra e sim no Brasil.

Assim que puder narro a São Silvestre, anterior a essa corrida. Para finalizar, só sei que hoje, dia 20, o dinheiro que ganhei na corrida ainda não caiu em minha conta. Pode ser pouco, mas $$ sempre ajuda.


Comentários

Anônimo disse…
Parabéns pelo empenho e dedicação. Vi você em Angra, que vergonha esses ônibus intermunicipais! Esse circuito da FARJ é meio desorganizado né ? Fico acompanhando eu blog para saber onde é a próxima corrida, estou iniciando nesse "trem".
Felicidades
André Ricardo andrerik@bol.com.br
Saint Seraphim disse…
Desorganizado não é, não. O atraso infelizmente não foi culpa deles. Fazer percursos diferentes também não é fácil, ainda mais quando se tem que fechar o trânsito. Às vezes a prefeitura não deixa fazer no trajeto previamente traçado e atrapalha todo o planejamento.

Abraços.