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Assim que comecei a rodar abaixo de 5 min / Km, quis voltar a competir como atleta federada. Pensei logo na Edneida e perguntei se ela não tinha uma vaguinha para mim. E ela disse sim! De acordo com ela, se um clube acaba (como foi o caso do Salgueiro), não tem por que haver transferência, algo que faz sentido. Mais ainda, ela sequer encontrou meu registro no site da CBAt. Adicionalmente, fuçando o site da CBAt, não encontrei o registro do Salgueiro. O do SESI ainda está lá, talvez por ter acabado há menos tempo.

Deixei meus documentos com ela no dia do protesto, 27/04. Desta data em diante, uma competição foi cancelada (Troféu Walter Santos de meio fundo, fundo e saltos no dia 18/05) e nada de o programa horário do estadual sair. Saiu com pouca antecedência e sem provas de marcha (acho que por falta de atletas), e provas combinadas, arremessos e lançamentos (para não estragar o campo de futebol). Ela fez a minha inscrição nos 10.000 m e nos 5.000 m, porém como avulsa, já que a inscrição no Santa Mônica ainda não tinha se concretizado.

Como era na Urca, fui de metrô. Só que no sábado saí com antecedência de 2 h do horário da prova dos 5.000 m e o ônibus do metrô para a Urca estava demorando muito. Conclusão: peguei um taxi para chegar ao local, lá no final do bairro, tendo que dar a maior volta para chegar lá. O chato é que perdi o $$ a mais para pagar a integração do metrô.

O local, a Escola de Educação Física do Exército (ESEFEX), é muito bonito. O problema é que o bebedouro fica dentro de um local onde só os militarem têm acesso e é necessário pedir para eles encherem a garrafa. Já com relação ao banheiro, o único problema é que demoraram a abrir o feminino. E também tem que ir de calça por ser quartel.

Como atleta convidada, não tem jeito, tem que pagar a taxa de R$ 30,00. Ao menos sei que o dinheiro vai para ajudar a FARJ e não para dar lucro a empresas mercenárias.

Algo de que sentia saudades ao competir como federada era de ver a energia dos atletas mais jovens. E pude rever muitos amigos!

Na hora da largada começou a fazer calor. Só havia mais 4 atletas além de mim. Pior, todas elas corriam mais do que eu. Não tinha jeito, era ir para a morte para não dar vexame. Dada a largada, saí colada com uma menina de 18 anos do Brasil Vale Ouro, a Irene. Ao errar nas contas, achando que estava passando a volta para cima de 1:46, cheguei a passá-la, mas deixe-a me passar novamente ao ver que passei a 1º volta para 1:34. Colei nela e ali fiquei até os últimos 600 m. Ela começou forte e foi caindo. O treinador dela reclamava muito de seu desempenho. E eu me esforçando ao máximo para não deixá-la escapar muito. No final ela acelerou e não consegui acompanhá-la. Fui a última com honrosos 21:20.59, bem melhor do que os 22:05 esperados. Minha meta é baseada nos 30 s a menos da velocidade de rodagem para os 5.000 m: como estava rodando para 4:55, a meta era de 4:25. Cheguei acabada! Poderia ter sido melhor se ela tivesse saído mais devagar e mantivesse o ritmo, se estivesse fresco e se eles tivessem fornecido água. Depois disso fui logo para casa passar MUITO gelo.

No dia seguinte, acordei com um pouco mais de antecedência para não ter que pegar taxi. Ao chegar ao local ganhei uma carona do Peninha até a pista. Desta vez a prova era às 9:30. E apenas 4 atletas competiram: além da Rai, a Ligia (futura companheira de equipe) e a Regina (fora de forma por causa de um acidente em um treino) estavam lá. Desta vez estava bem mais quente. A Regina logo ficou para trás e eu colei na Ligia. Estava ainda mais quente e ela estava cansada do dia anterior, por ter corrido 1.500 m, 800 m e o revezamento 4 x 100. Eu também estava cansada. Fui com ela até os 7500 m. Depois disso forcei e a ultrapassei. Terminei com 45:29.95 em 2º, pior do que os 45:20 planejados. Porém, como fui como convidada, não ganhei a bela medalha.

No domingo ao menos a FARJ trouxe umas frutas para os atletas. Nunca tinha havido isso antes em uma competição. Se eu estivesse já no Santa Mônica, a Edneida me colocaria para correr os revezamentos. Lhe disse que não sou velocista, que ira dar vexame e as pessoas iriam falar mal de mim. Ela respondeu que isso não é importante e sim ser feliz. Até porque o pessoal faz fofoca de tudo: se vai mal não corre nada, se vai bem tá tomando algo, e por aí vai.

Depois de tanto agito, só um relaxamento na piscina!

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