Troféu Brasil Master


Pela falta de competições de veteranos no Rio e como esta competição seria em São Paulo, nos dias 01 e 02/06, cidade próxima, resolvi ir. Para economizar, me inscrevi para provas somente no domingo, nos 10.000 m, 400 m e 1.500 m. Não queria correr o revezamento 4 x 400 m pois poderia terminar tarde e depois de certa hora não tem mais avião. Depois de comprar as passagens, aí mesmo que não daria para correr pois os vôos depois das 20 h estavam BEM mais caros.

O Thiago foi comigo. As duas passagens custaram apenas um pouco mais do que 4 passagens de ônibus leito, ou seja, não foram muito caras. Na ida, no sábado, fomos até o minúsculo e tedioso aeroporto Santos Dumont. Ao menos lá tinha uma exposição com caravelas. O Thiago não estava bem, precisando ir ao banheiro a todo instante.

A ida pela TAM foi pontual e chegamos até antes da hora em Congonhas. Saímos de lá, andamos um pouco, pegamos um ônibus normal e fomos até o Parque do Ibirapuera, de onde fomos andando até o hotel Century Paulista Flat. No ônibus as pessoas não sabiam nos informar ao certo onde saltar, mas ao menos mostraram empenho em nos ajudar. Ao chegar no hotel, resolvi que ia pagar mais meia diária, já que a volta seria mais tarde. Me arrependi de não ter me inscrito nos 800 m, pois pela hora em que chegamos daria muito bem para correr a prova. Afinal, 400 m não é muito a minha praia, sendo veloz demais para mim.

Fomos almoçar no Gemel. Eu comi uma deliciosa lasanha de beringela. Já o Thiago, mesmo mal, comeu arroz, feijão e batata frita, em quantidade grande para o que ele costuma comer. No hotel estava tendo congresso e até tinha um buffet que os hóspedes também poderiam comer. Porém, não tinha nada que me atraísse muito e seria perigoso comer demais na véspera da corrida. O Thiago reclamava que eu estava de short enquanto todos estavam arrumados. Claro, eles estavam em um congresso enquanto eu era uma hóspede e queria relaxar.

Aliás, o congresso era de fisioterapia sobre aquelas faixas coloridas para tirar dor. Eu devia ter me oferecido de cobaia, já que estava sentindo muito o meu ciático.

Ele queria se encontrar com uma pessoa que não conhece pessoalmente e tentava contato com ele, que infelizmente estava trabalhando bastante e acabou não podendo vê-lo. Nem mesmo contato com nosso amigo virtual Gerson conseguimos, já que gostaríamos muito de conhecê-lo.

Eu fui até a pista do Ibirapuera e, ao contrário do que acontecia para entrar no Célio de Barros, entrei sem ninguém perguntar para onde eu ia. Lá vi que a Elza já tinha tirado meu kit, que ela levaria para mim na hora de correr os 10.000 m.

No domingo, o Thiago não queria sair da cama de jeito algum. Mesmo não tendo ido dormir muito tarde, dizia estar com muito frio e que a cama estava boa. Estava frio na rua, mas não no quarto. Febre ele não tinha.

Tomei um café bem leve para não enjoar às 6 h e fui trotando para o Ibirapuera. Estava friozinho nesta hora. Lá soube que o atraso na véspera foi enorme e que os revezamentos só ocorreram às 21 h.

Para não ter atraso desta vez, os organizadores resolveram inventar, colocando-nos para correr na raia 5 com os devidos ajustes no número de voltas de forma a dar 10.000 m certinho e iriam colocar homens ao mesmo tempo competindo na raia 1 para adiantar o programa. Todas as mulheres e homens mais velhos acabaram e quem disse que colocaram homens para competir na raia 1? Estragaram meu plano, que era passar os 400 m das voltas iniciais para 1:48 e só depois acelerar. Como iria calcular o ritmo certo em 428 m? Acabou que fui a 3º geral e 1º da minha faixa-etária terminando em 44:48.37 usando outras mulheres que ficaram para trás como coelho.

Fui e voltei ao hotel algumas vezes (na primeira para tomar um café da manhã melhor) e começou a fazer muito frio e a chover. O Thiago chegou a tomar café, só que voltou para a cama e ficou lá até bem tarde. Os 400 m estavam marcados para as 12 h e antes de sair pela primeira vez já tinha confirmado minha presença na mesa de confirmação. Ao voltar pela um pouco antes das 12 h, enquanto os barreiristas ainda competiam, fui pegar minha medalha dos 10.000 m e não vi o pessoal sendo chamado para os 400 m. Quando fui ver, já tinham terminado a chamada e simplesmente me deixaram de fora! Tentei de tudo para mudar a situação, já que a competição estava atrasada. Dava muito bem para terem mudado, já que deixaram as atletas esperando o MAIOR TEMPÃO embaixo da arquibancada. As primeiras baterias de 400 m só começaram com as mais velhas lá por 12:20. Só tinha eu na minha faixa. Poderia trotar que seria ouro! Dava muito bem tempo de alterar o sistema para me incluir. Eles é que não quiseram. O engraçado é que eles podem se atrasar. Os atletas, não, têm que ficar esperando a desorganização deles. O cara ainda me disse que os atrasos ocorrem porque quando vão ver precisa de mais uma bateria para uma prova e tal. Eles não sabem o número de inscritos, faixas-etárias, etc de cada prova? É só se planejar e adiantar as provas caso menos atletas compareçam, avisando os atletas que os adiantamentos podem ocorrer.

Nos 1.500 m resolvi não dar mole. O certo era levar cada grupo de cada vez. Nos levam para o outro lado da pista, eu que sou mais nova tenho que esperar as duas baterias acabar e nem banheiro tem (nada que um local escondido não resolva). Não corri muito bem os 1.500. O cansaço, tênis e pista molhados e encaixotamento só pioraram a situação, fazendo com que eu terminasse com 6:01.18, sendo a 12º geral e 2º geral feminino. Tem muita coroa veloz, impressionante!

Voltei ao hotel, tomei banho e o Thiago finalmente tinha acordado e estava jogando o Mega Drive que tinha levado. No sábado, ao ligá-lo, ele não funcionava direito pois o tínhamos posto em 220 V, quando a voltagem do hotel é de 110 V.

O Thiago foi comigo pegar minha medalha dos 1.500 m e ficou impressionado com a quantidade de atletas veteranos japoneses, a grande maioria.

Na volta, passei no Gemel e comprei bastante pizza de massa branca, algo que adoro, e tomamos um café preto. No almoço apenas comi um pão de hamburguer no Gemel mesmo. Não iria querer enjoar. Nem olhar o buffet no hotel quis para não cair em tentação. Voltaríamos por Guarulhos e nos perdemos um pouco na estação do Tatuapé para achar o ônibus que nos levaria ao aeroporto.

Infelizmente não vimos nenhum traço da Parada Gay quando passamos na Av. Paulista. Depois fiquei sabendo que por causa do frio e da chuva foi pouca gente. Uma pena pois deve ser um evento bem alegre.

Chegando lá, fomos fazer um lanche no Pizza Hut e fomos para o embarque. Entramos rápido no avião. Contudo, a decolagem atrasou bastante por causa do mau tempo. E se na ida o lanche foi bom, com sanduíche e bebida (podendo ser refrigerante em lata), na volta foi um simples biscoitinho com refrigerante ou água no copo. O serviço de bordo da TAM já foi bem melhor. Bom mesmo é o da Azul. Espero que não mude. O da Webjet começou ótimo e depois ficou pago.

Ao chegar com atraso no Rio, chamamos o TeleUrca, que chegou rápido e ficou nos esperando. Pegamos um baita engarrafamento por causa da lei seca e demoramos a chegar na minha casa e me causou um desfalque ainda maior no preço do taxi. Chegando em casa, só quis saber de dormir mesmo.

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