Copa Estadual Caixa de Cross Country


Como o Santa Mônica está inadimplente com a Federação de Atletismo (FARJ) e não se desfiliou oficialmente, tive que competir como avulsa pagando a taxa de R$ 100,00. Acho um absurdo isso de o clube deixar de pagar e não se desfiliar se não pretende ficar filiado. Isso só prejudica os atletas. A taxa é cara e aumentou muito de uns tempos para cá. Porém entendo as necessidades da FARJ em tempos sem Célio de Barros. Pior ainda é a taxa de transferência cobrada pela Confederação de Atletismo (CBAt), R$ 500,00, para atletas de nível estadual. É muito caro! Eu devo ser transferida apenas a nível estadual para não pagar essa taxa.

No dia da competição, 14/02/2016, acordei bem às 6:40 e saí de casa antes das 7:20, tempo suficiente para chegar ao CEFAN. Contudo, não contava com o fechamento da Av. Presidente Vargas. Deveria ter saltado ali na Rua do Matoso e ido a pé para o viaduto do Metrô da Cidade Nova para pegar um ônibus entre os vários que vão para o local, depois da passarela 13 na Av. Brasil. Acho um absurdo manterem a avenida ainda fechada considerando que os desfiles das campeãs já tinha acabado há um maior tempão. Dava muito bem para manter pelo menos alguma faixa aberta.

Não fiz isso porque não esperava que o ônibus fosse dar o maior voltão até chegar à Central. Quando cheguei lá era 7:55. Então peguei um taxi sem vergonha e com o ar-condicionado desligado. De repente o motorista me pergunta se me importaria se ele fumasse. Disse que sim e ele não fumou. Ao menos correu bastante e eu cheguei lá às 8:10, pagando R$ 45,00 pela corrida.

Quando cheguei os homens já tinham largado, provavelmente às 8 h. A Edneida, que era a treinadora do Santa Mônica, tinha conversado com a Carla da FARJ e eu poderia correr como avulsa me inscrevendo na hora. Todavia, não teria premiação nem poderia contar o resultado como índice. Como se eu fosse fazer algum índice neste ano.

Lá encontrei muitos amigos: Euzébio, Auderi, Cida, Eliezer, Rai, Val, Solange, Zé Luíz (o medidor oficial e árbitro), o presidente da FARJ, o Lancetta, entre outros.

Deu tempo para me aquecer bem e me sentia bem. Entretanto, não consegui me alongar tanto quanto queria por ter chegado meio em cima da hora. Às 8:50 em ponto foi dada a largada. Se não me engano eram 7 atletas no total. Não sei dizer se todos os homens concluíram a tempo o percurso. Eles tinham só 50 min para fazer tudo, ao contrário de nós que teríamos 70 min.

Não entendi por que neste ano e em 2012 puseram ambas as provas adultas com 10 Km ao invés de colocar os homens com 12 Km e as mulheres com 8 Km como de costume. Acho que é para dificultar a vida de nós mulheres (rs).

Logo de início consegui me manter sem maiores dificuldades com o grupo. Porém, assim que começaram os primeiros obstáculos naturais, com frutinhas, folhas e raízes, comecei a ficar para trás. Como me disse o Beto uma vez, cross é uma prova de força e isso eu não tenho muito nas pernas. Não é a toa que atletas que correm obstáculos se dão bem no cross.

O percurso também tinha muita grama fofa. Eles cortaram a grama e deixaram o mato lá. Parecia até que se estava pisando em falso em um buraco em algumas partes. Tinha também que dar um saltinho em um barranco e uma subidinha e uma descidinha em um morrinho fáceis. Esse morrinho é o único trecho do percurso original que fazíamos no CEFAN até 2010, só que o subimos ao contrário, o que facilitou a subida. 

Na primeira volta as atletas que estavam na minha frente (todas!) se confundiram com o caminho e deram uma pequena parada. Eu que estava atrás pude ver bem o caminho correto. Acho que não dava muito para se confundir pois tinha marcas no chão marcando o caminho. Contudo, se eu tivesse no bolo, talvez tivesse dado uma paradinha também.

Eu fiquei para muito para trás durante toda a primeira volta até que comecei a alcançar a Uhuru, que parecia ter quebrado, pois ficava cada vez mais para trás. Água, em copos de plástico, só a partir do fim da segunda volta, tal como ocorre em provas de cross. Preferia que fosse em copos de água mineral. Desse jeito sempre derrama na nossa cara.

Eu nunca pensei em parar mesmo com o sofrimento. Estava quente, mas nem tanto, já que ali tem um pouco de sombra e batia um ventinho. O ruim era a umidade alta e ter que correr de camiseta branca, já que corria como avulsa. Detesto correr de camiseta!

Terminei o percurso de aproximadamente 10,1 Km (10,17 Km no meu preciso GPS) em 52:58, sendo a 6º de 7 atletas. A frequência média de 172. Entretanto, deve ter sido mais alta já que meu frequencímetro ficou meio louco pelo desgaste da faixa.

Não gostei nadinha do meu tempo, já que eu definitivamente esperava fazer menos de 50 min. Só que no ano passado pelo meu antigo GPS tinha menos de 8 Km (7,87 Km) e eu fiz em 39:38 num percurso bem mais fácil. Mais ainda, no último cross que corri no CEFAN em 2010, com um percurso bem mais fácil do que esse, eu fiz os aproximadamente 8 Km em 43:00.6. Só para terem uma ideia, no ano passado a Rai, campeã deste ano, fez uma distância inferior a 8 Km em 33:57. Já neste ano ela fez uma distância superior a 10 Km em mais de 45 min (ainda não sei o resultado oficial). Ou seja, fica óbvio que este percurso é mais puxado. Ainda bem que não choveu. Senão, teria muito pior. 

Fui me despedir de todo mundo e, ao me despedi do Zé Luiz, ele reclamava com um atleta juvenil mandando-o voltar e passar por de trás de um cone que marcava o percurso para não fazer uma distância menor.  

Ao ir embora mais um perrengue: peguei um 665 que vai direto para minha casa todo ferrado que andava devagar porque estava obviamente com defeito. Era uma lata velha ambulante! Não sei se adiantaria alguma coisa, mas eu deveria ter anotado o número de ordem e reclamado no 1746. Saí de lá 10:05 e cheguei em casa às 11 h. Se tivesse passado um ônibus que prestasse (mesmo ferrado mas que corresse), teria chegado bem mais cedo em casa.      

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