Depois da Etapa do Borel, estava demorando bastante para a página da organização no Facebook anunciar a próxima etapa. Quando eles ainda estavam pedindo para as pessoas adivinharem onde seria, um corredor afirmara categoricamente que seria no Santa Marta dia 15/09. Só que a data se aproximava e nada de fazerem mais anúncios. Até que na terça-feira dia 3, eles anunciaram que as inscrições abririam no dia seguinte às 12 h repentinamente. Sorte que eu sempre estava acompanhando, senão eu não iria conseguir me inscrever
Na hora da abertura das inscrições, consegui fazer sem problemas de lentidão. O mais incrível é que ainda havia inscrições por volta de 12:05. No dia da corrida fiquei sabendo que teve gente que conseguiu se inscrever às 12:20. Acredito que pelo fato de eles terem anunciado muito em cima e com a prova no mesmo dia do Circuito da Longevidade, que custa só R$ 30,00, muita gente não se inscreveu porque já iria correr outras provas.
Nos dias antecedentes à corrida eu não dormi bem. Não cheguei a ter insônia, mas demorava a dormir e acabava acordando antes da hora. No dia, acordei às 6:35, saí de casa por volta das 7:10, fui correndo até o metrô, saltei em Botafogo e fui correndo até o lugar da retirada de kits, onde encontrei um baita filão que demorava a andar por volta das 7:50. Acredito que demorava a andar porque algumas pessoas pegavam o kit para equipes inteiras pois o meu eu retirei rapidinho. Se dependesse da organização, eu poderia levar os quilos de volta, porque eu peguei meu kit sem me pedirem os alimentos antes. Não acredito que alguém deixaria de doar os alimentos porque é para ajudar as crianças. Porém, poderia acontecer.
Como já estava bem aquecida, fui apenas alongar um pouco antes da largada. Dava para perceber que tinha mais gente do que no Borel, mas nem de longe o tanto de corredores na etapa noturna de 2015. As pessoas estavam nas janelas assistindo tudo. Reparei em muitos prédios de classe média na subida do morro com apartamentos a venda. Quem vai querer morar num lugar onde voltou a violência e devem ter voltado os baile funks barulhentos?
Pouco antes da largada, o meu GPS perdeu o sinal. Em 2015 não tive esse problema pois o céu estava limpo; ele só se perdeu durante um trecho durante as subidas. Já as pessoas que usaram o celular para medir o percurso não tiveram problemas.
Dada a largada, o pessoal saiu mais veloz do que eu na subida até as escadarias. Com os pés cheio de fascites plantar, não dá para correr na ponta dos pés para correr mais rápido não só nas rampas como nas escadas.
Nas escadas, como não tinha tanta gente como em 2015, até peguei um engarrafamento no início que se dispersou rapidamente. Nas escadarias ultrapassei muita gente mesmo só subindo rapidamente sem correr. Para me facilitar, eu fazia força com os braços nos corrimãos. Via a Valdenize próxima de mim, mas quando terminaram as escadas, ela foi embora e não a via mais.
Como era dia, pude ver muitos animais domésticos, lixo nas encostas e esgoto a céu aberto, cujo fedor também pude sentir. Não senti cheiro de cadáver no topo do morro como disseram que sentiram em 2015.
Passamos por subidas e descidas, primeiramente no meio do mato e depois em vias de paralelepípedos. Só uma das descidas em paralelepípedo foi inclinada o bastante para que eu tivesse que frear. Quando pude ver os atletas voltando, pela numeração, vi que era a quarta geral e a segunda de fora da comunidade do Santa Marta, já que a Valdenize e a Jane estavam com números da comunidade. Para me tranquilizar, idem a que estava imediatamente atrás de mim. A outra que estava com número geral estava BEM atrás. A Valdenize, que era a 3º, estava muito a minha frente, o que seria muito difícil de alcançar.
Como era dia, eu podia ver quem passava. Até vi uns rapazes de quem poderia suspeitar. Contudo, pareciam inofensivos. Não foi como da outra vez em que tive pesadelo por dois dias seguidos.
Após isso pegamos algumas subidas, onde andei um pouco por estar esgotada, e pegamos uma dura subida de barranco, a mesma que foi descida em 2015. Por pior que seja subir aquilo, é muito melhor subir do que descer. Ainda mais que estava escorregadio por conta da chuva do dia anterior. Soube que a última edição também foi subindo o barranco. Durante essa dura subida, os membros da organização nos ajudavam dando a mão para nos puxar.
Por fim, vieram as descidas das escadas que subimos. Havia vários moradores apoiando. Todavia, talvez por conta dos cultos em igrejas locais cujos sons eu conseguia ouvir, nem de longe se aproximou do apoio dado em 2015. Agora eu sei descer escadas mais rapidamente ao descer com o pés como se fosse um pato. Portanto, bem menos pessoas me passaram durante a descida. Um fato que me chamou a atenção foi um morador local fazendo um parkour, pulando vários degraus de uma só vez para descer. Se eu pudesse fazer o mesmo, iria descer rapidão.
Ao terminar, fui recebida com a faixa de chegada. Afinal, eu era a 2º de fora da comunidade pela numeração. Só que na verdade, até a 5º geral eram todas de fora da comunidade. Como elas se inscreveram em cima da hora, deram o número da comunidade para elas, o que confundiu até mesmo a organização. Acabou que fui a 4º no geral feminino e 49º no geral absoluto nos mais de 5,3 Km (o GPS de ninguém aparentemente pegou a distância correta e o meu perdeu o sinal 2 x durante a corrida) em 41:45 com AVG 179 (provavelmente na primeira subida de escadas). O clima estava bom, com a temperatura variando entre 23 - 25 ºC. É impressionante o número de vezes em que bati na trave nesse circuito. Já foram quatro quartos lugares e duas vez foi no Santa Marta. Das outras vezes minha distância para a terceira foi bem menor. Desta vez ela foi bem grande.
De lanche, comi um total de 7 maçãs e 3 barras de cereal que alguns corredores de lá estavam dando com um versículo bíblico do Evangelho de João. Fui embora trotando entre as baldeações de ônibus para voltar mais rápido. Não me lembro de ter ficado tão dolorida nas panturrilhas nos dias seguintes em 2015. Acho que pelo fato de não poder ficar na ponta do pé forçou mais minhas panturrilhas.
De lanche, comi um total de 7 maçãs e 3 barras de cereal que alguns corredores de lá estavam dando com um versículo bíblico do Evangelho de João. Fui embora trotando entre as baldeações de ônibus para voltar mais rápido. Não me lembro de ter ficado tão dolorida nas panturrilhas nos dias seguintes em 2015. Acho que pelo fato de não poder ficar na ponta do pé forçou mais minhas panturrilhas.
Os resultados saíram no mesmo dia e dessa vez estavam corretos. O que me incomoda é que nunca consigo cadastrar minha equipe por não haver um campo livre ou uma maneira de cadastrá-la. Portanto, peguei a foto do certificado e coloquei por cima o nome da Equipe Portão-17 Maracanã.
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