Tinha me inscrito nas Etapas Búzios e Niterói do ano passado porque quase não houve competições em 2020 por conta da pandemia. No final do ano, algumas apareceram como as citadas acima mais para o final do ano. Só que essa de Niterói foi cancelada e a de Búzios não corri porque meu joelho ficou ruim. Em condições normais, com vários tipos de competições ao longo do ano, muito dificilmente participaria de uma prova de corrida na areia da praia.
Neste ano a organização resolveu fazer 2 etapas onde poderia usar o crédito de Niterói: Cabo Frio e Copacabana, na qual preferi usar meu crédito por não precisar viajar.
A retirada de kit foi no Hotel Mercure Mourisco, onde peguei uma fila grande mas que andou rápido. No kit veio camisa, viseira, protetor solar, lenços umidecidos e número com o chip embutido. Aliás, quando cheguei em casa fiquei nervosa por não ver o chip. Porém, outra corredora me disse que o chip de fato estava atrás do número.
O regulamento que estava no Ticket Agora, site da inscrição, dizia que teria guarda-volumes. Entretanto, no email que mandaram na noite da véspera, dizia que não teria, assim como numa postagem do Instagram. O motivo alegado era a Covid. Só que na hora da retirada de kit tinha uma baita aglomeração em lugar fechado. Aí não tinha Covid também? Ou a Covid só se pega no guarda-volumes? Sorte que o André ia comigo. E quem iria nadar e ia sozinho, faria como? As reclamações no Instagram foram muitas, inclusive com gente desistindo de ir ao evento.
Foi mais uma véspera de corrida quase sem dormir, por conta dos meus cada vez piores problemas hormonais.
No domingo dia 12/12, acordamos às 5 h e, pouco antes de sair, fui passar o tal protetor solar orgânico que ganhei no kit. O negócio me deixou branca igual a um fantasma. Fico imaginando uma pessoa negra passando isso. Se comigo ficou horrível, imagina como ficaria em quem tem pele escura?
Saímos de casa por volta de 5:35, chamamos um Uber e chegamos no local da largada, o posto 5 de Copacabana, antes das 6:00.
Ao contrário do previsto, estava chuviscando. Enquanto esperava o tempo passar para começar a me aquecer, tentei achar uma barraca da equipe da minha academia, já que eles iriam participar do evento. Todavia, não encontrei ninguém.
Por volta das 6:30 fui me aquecer e às 6:50 entrei na arena. Não estava lotado e deu para me posicionar mais para frente sem ficar amassada. Notei que quase todo mundo estava descalço e fiquei pensando se não deveria estar descalça também. Não teve distanciamento entre os competidores nem uso de máscaras na largada, mas o que pode aumentar o contágio é o guarda-volumes!
Dada a pontualissima largada às 7 h, não sai muito forte e eram 2 voltas, ao contrário do anunciado, sendo a ida pela areia dura e a volta pela areia fofa. De início passei muita gente que saiu forte, e tomava cuidado para não molhar muito o tênis, mas na volta sofri muito. A areia fofa de Copacabana é muito fofa mesmo! O esforço foi tão grande que na primeira volta andei um pouco na parte da areia fofa. Já na segunda volta andei muito porque não aguentava mais; minha frequência cardíaca chegou a 184! Além do esforço, minhas condições no dia definitivamente não eram as ideais. Acabou que terminei o percurso em 32:59, sendo a 66º no geral absoluto, a 18º no geral feminino e a 4º na minha faixa-etária.
Ao terminar, sentei um pouco antes de procurar meu marido. Fomos para a área do resultado da faixa-etária. Porém, o resultado ainda não tinha saído. Enquanto isso, resolvi dar um trote. Se tivesse guarda-volumes, ele teria ido comigo. Não o colocaram por causa do coronavírus, mas durante todo o evento o que mais teve foi aglomeração, seja na concentração dos atletas na arena, seja fora dela com atletas e acompanhantes. Ao voltar e descobrir que não tinha ganhado nada, fui embora meio chateada com meu resultado. O fato é que a minha faixa-etária foi a mais forte de todas! Se eu fosse mais jovem teria ganhado com o tempo de hoje.
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