Corrida de Reis 2022


Já fazia muito tempo que queria participar desta corrida e nunca tinha tido a oportunidade. Por causa da pandemia, a corrida, que não aconteceu em 2021, foi adiada para 19/06/2022, sendo um período ideal para participar dela, fugindo do forte calor de Cuiabá em janeiro.

No dia 16 de maio abriram as inscrições para o público geral às 8 h. Nesse momento, o site ficou lento mas consegui fazer rapidamente minha inscrição. Quando terminou, achei estranho que não tinha aparecido nenhum boleto. Aí que vi que a inscrição para o pelotão geral, para a minha felicidade, era gratuita, o que me traria menos uma despesa. Eram no total 15.000 vagas. Achei que esgotariam rapidamente por serem de graça. Porém, não foi o que ocorreu. Se fosse num grande centro esgotariam em menos de 1 h.

Assim que me inscrevi comprei minha passagem para ida no sábado e volta no domingo. Como a prova foi colocada no feriadão de Corpus Christi, a volta saiu bem mais cara por coincidir com a volta da folga de um grande contingente de pessoas.

Na sexta-feira dia 17 demorei a dormir um pouco por ansiedade e, no dia 18, acordei às 6:15, sai de casa às 6:40, pegamos um ônibus com destino à rodoviária, onde tomamos um café, esperamos o VLT e chegamos ao Santos Dumont às 7:55. Achei que tinha folga para a decolagem às 8:45. Todavia, a fila do raio-x estava gigante, algo que nunca vi nesse aeroporto. 

O atendimento da Azul foi impecável, vôo pontual, lanche, que agora voltou, excelente, inclusive com café (ralo, mas era café). Pena que de Goiás em diante não tinha mais TV para ver jornal.

Cuiabá é uma capital, contudo parece uma cidade do interior, com muitos terrenos baldios, casas e comércio distante das partes residenciais. 

Almocei no aeroporto, que não foi caro, peguei um ônibus para pegar o kit é outro para ir ao hotel. Atrapalhei-me um pouco com os ônibus, foi complicado arrumar troco... Aqui umas mulheres entram no ônibus em determinados pontos para vender o bilhete da passagem. Achei isso bem diferente.

A retirada do kit foi rápida e sem filas, com uma camiseta G (só vi quando cheguei no quarto e nem lembro se podia escolher tamanho), garrafa d'água, protetor solar e sacola. 

O hotel era o Ibis Cuiabá Shopping. Acreditava ser colado ao shopping, só que entre eles havia um enorme terreno baldio que tinha que atravessar por fora para chegar no shopping, que estava muito cheio. Tanto esse como o de Várzea Grande, ao lado do aeroporto, eram bem bonitos e modernos.

Aqui consegui agendar um Uber sem problemas para o local de largada, a ponte Sérgio Motta, em Várzea Grande. A chegada era em outro lugar em Cuiabá, na Praça das Bandeiras, totalizando 10 Km.

Na véspera dormi bem, acordei às 5:30, preparei-me, e peguei o Uber às 6:10. Cheguei antes das 6:30 próximo da ponte. Lá tinha água, banheiros químicos com uma enorme fila, e guarda-volumes. Como tinha pouco banheiro para muita gente, as próprias pessoas se organizaram em 2 matos: 1 dos homens e 1 das mulheres.

Deixei minhas coisas, fui aquecer-me e, depois, posicionar-me por volta de 7:10. Tinha MUITA gente. Na hora em que saltei do Uber parecia vazio, entretanto, ao entrar na ponte via um mar de pessoas. 

Tentei me posicionar o mais na frente o possível até chegar a um paredão de corredores. Estava próximo do início dele, sendo que antes tinham os atletas do pelotão VIP, que pagaram pela inscrição. 

Dada a largada, parecia a São Silvestre. Simplesmente era difícil correr no primeiro quilômetro. Depois foi bem mais tranquilo. Porém, ainda assim tinha que desviar de várias pessoas no caminho. 

Estava fresco (19-21°C) e a altitude da cidade era baixa. O percurso tinha descidas e subidas longas e suaves. A umidade estava bem alta, algo com o qual estou acostumada. As pessoas que assitiam eram animadas, teve água gelada a cada 2 Km, teve pessoal de igreja animando e uma banda da própria organização no Km 8.

Eu queria fazer próximo de 51 min, o que fiz em Cascavel. Contudo, o percurso em si e isso de ficar cortando pessoas o tempo todo fez com que eu termiasse em 53:04 (53:01 pelo meu relógio), com frequência cardíaca média de 167 e máxima de 171. Além de pessoas correndo, passei por grupos de gente que não era da corrida caminhando. Com esse tempo daria para ficar entre as 70 primeiras em 2020, mas num clima bem quente. Fui a 609º no geral absoluto de 7062 concluintes, 68º geral feminino de 3134 mulheres, 53º de 3199 mulheres não-elite, 26º de de 2852 mulheres do pelotão geral e 9º de 470 mulheres de 40-44 anos.

Ao chegar, peguei a medalha, que era simples, e água. Para minha tristeza, não teve lanche. Depois, peguei minha bolsa e fui andando até um ponto de ônibus. No caminho tirei várias fotos da cidade. Nos fins de semana os ônibus aqui são BEM escassos. 

Voltei ao hotel, almocei, vi o vídeo da corrida no celular e lamentei não ter passado nada da corrida no Esporte Espetacular, que antes transmitia na íntegra. A TV Centro América, afiliada da Globo no MT, passou integralmente a prova.

Depois, amarguei mais espera no ônibus até chegar ao aeroporto, que estava cheio, com muita gente voltando do feriado. 

O avião atrasou um pouco. Dessa vez não teve intretenimento no avião. Pena que na volta não pude tomar café para não ter insônia. Ao chegar exausta, meu marido estava me esperando. Voltamos de VLT e ônibus. 
 

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