Já estava decidida a ficar hospedada em Campinas quando fosse participar deste torneio, por ser a cidade de grande porte mais perto do local de competição, em Bragança Paulista, e saber que, de lá, era possível agendar Uber para poder correr sem maiores problemas.
Quando a competição foi anunciada em 06/10, para ser realizada em 05-06/11, infelizmente as passagens de avião estavam muito caras, mais de R$ 1100,00 ida e volta, o que me fez ir de busão. Outra dificuldade foi reservar o hotel. Já tinha em mente ficar no Leon Park, que fica pertinho da rodoviária, onde fiquei muito bem hospedada em 2006, para um congresso na UNICAMP. Só que no ZAP para reservas, e não poderia fazer reservas diretamente com o hotel por ligação (só por ZAP, site ou e-mail), nunca ninguém me respondia, algo que resolvi reservando pelo Booking.com. Também nunca responderam meu contato pelo site. A impressão que dava é que ou não queriam hóspedes ou que a pessoa responsável por fazer reservas não queria trabalhar.
Chegando perto da data, a preocupação foi a greve dos caminhoneiros que travou várias estradas pelo Brasil e cancelou viagens. Ao menos, no dia 4/11, já estava quase tudo normalizado. Tinha comprado a passagem de ida para às 8 h do dia 4, uma sexta-feira. Nesse dia, o ônibus saiu às 8:10 e pegou 2 engarrafamentos na Dutra, sendo que um parou tudo por uma hora. Acabou que cheguei no hotel às 15:45. Lá almocei e comprei os quilos de alimentos pedidos num mercadinho próximo.
Fui agendar o Uber e não conseguia agendar em dinheiro, PIX ou Uber Cash, só funcionando em cartão de crédito. Achei isso muito estranho.
Dormi relativamente bem, tanto na véspera quanto na ante-véspera. No sábado dia 5, acordei às 6:15, preparei-me, tomei um breve café, peguei o Uber agendado às 6:50 e cheguei na pista às 7:40. Acabou que o pagamento foi em Uber Cash mesmo! Oh, aplicativo doido! Estava sol, porém com 14 °C. Dei o quilo de alimento pelos 10.000 m de sábado, peguei meu número e fiz a confirmação, onde vi que só tinham 4 na minha faixa-etária.
Às 8:30 fui me aquecer. Às 8:45 nos chamaram. Desta vez não teve cestinha nem verificação de tênis. Levei meu aposentado junto com medo de o novo, um Fila Kr5, muito bom por sinal, ser proibido mesmo sendo "barato".
A largada foi às 8:59. Tentei não sair forte e fiquei em penúltimo até passar 3 atletas ao longo do tempo. Comecei a ver que podia bater o tempo de Cascavel e assim o fiz, terminando no tempo de 50:29.04, com frequência cardíaca média de 168 e máxima de 174. Fiquei em 4° de 4 atletas da minha categoria e em 7° de 11 atletas no feminino, sendo que 1 parou no meio. A temperatura ficou entre 16-17 °C. O tempo poderia ser ainda melhor se não fosse o vento contra na reta principal em todas as voltas. Correndo descansada, num clima frio com sol, sem vento e altitude, dá para fazer menos de 50 min. Bragança tem mais de 800 m de altitude e isso faz muita diferença.
Depois da prova vi a piscina gelada de recuperação e quis entrar na água a 10 °C. Tinha que ficar 10 min lá. Dava uma tremedeira, porque estava sol, mas frio. Só eu fui corajosa e entrei. Chamei o Uber e, para minha sorte, veio logo. Às 11:30 já estava no hotel. Não quis voltar de ônibus porque o próximo só sairia às 12:30.
Esperei a hora do almoço, descansei um pouco e fui ao Bosque Jequitibá aqui perto do hotel, que tem um mini zoo. Queria passear mais, contudo não poderia me cansar.
Dormi bem mais uma vez, acordei às 5:55, peguei o Uber às 6:45 e cheguei na pista por volta de 7:40. Lá entreguei os quilos faltantes e, na hora de confirmar os 5.000 m, descobri que meu tênis é permitido. Às 8:10 fui me aquecer para os 5.000 m.
Comecei a ver que ia atrasar. Pelo programa-horário, nunca daria para as mais velhas correrem às 8:20 e terminarem às 8:40, para começar a segunda bateria. Acabou que elas largaram às 8:40 e a segunda, às 9:10. Ao menos, quando largamos, estava menos frio, fazendo 16-17 °C.
Dada a largada, vi que estava fazendo muita força sem sair do lugar. Comecei em último e já na segunda volta passei para penúltimo. No meio ultrapassei mais uma que, no finalzinho, deu um tirão e me passou. Corri muito mal mesmo, em 25:20.26, com frequência cardíaca máxima de 171. A média está errada porque a bateria está fraca. O fato é que não conseguia fazer força. E ainda teve o vento para atrapalhar novamente. Terminei em 4° de 5 atletas da categoria, em 13° de 14 atletas na bateria e em 19° de 26 no geral feminino.
Depois da prova, fiz um trote, fui lanchar e fiquei na pista esperando pelos 1.500 m, preocupada se conseguiria voltar para a casa por conta de uma greve geral convocada para segunda dia 7. Nesse intervalo também passei gelo no pé da tendinite. Não valeria à pena voltar ao hotel por sair muito caro. Desta vez não teve café e lanchinho como no ano anterior. Mesmo com o atraso na manhã, a 3° etapa terminou antes do horário previsto. No intervalo infelizmente não teve show de rock que teve em 2021.
O 1.500 m masculino estava marcado às 15:20 com várias séries e o feminino, às 15:45. Seria improvável começar na hora desse jeito. Todavia, o masculino adiantou e o feminino foi uma só série, que largou pontualmente, sendo que o primeiro tiro de largada queimou.
Tentei não começar muito forte e depois fiz toda a força que já não tinha, terminando em 6:58.00, com frequência cardíaca média de 166 e máxima de 170. O vento estava ainda mais forte e fazendo 20 °C. Até que não foi tão mal assim...
Terminando a prova, fui correndo ir embora e tentar pegar o Uber para a rodoviária, pois tinha ônibus para Campinas às 16:30. E quem disse que eu conseguia? Foi passando a hora e também não conseguia carona. Então, decidi pegar um para Campinas. Entretanto, todos os motoristas diziam que não valia a pena e cancelaram. Até que um resolveu negociar por fora e eu não tinha outra alternativa senão aceitar. Enquanto aguardava, resolvi olhar os resultados e vi que fora bronze nos 1.500m. Foram 4 atletas na minha categoria e no geral fui a 11° de 18 atletas no geral feminino.
O motorista estava quase chegando quando peguei a medalha. A deste ano foi mais simples, assim como a transmissão foi só no YouTube. Acho que a grana ficou curta... O Uber demorou a chegar e eu não conseguia Uber para o centro de Bragança por um protesto apoiando o Bolsonaro e uma parada gay.
Cheguei no hotel às 17:40 cansada e com fome. Fui lanchar, jantar e descansar. Também fui ver as transmissões ao vivo, que infelizmente não foram profissionais. Ao menos foram gratuitas e melhor do que em Floripa.
Acordei no dia seguinte às 7:30, pude aproveitar o café da manhã do hotel, que era simples, às 10:30 fiz o check-out e fui para a rodoviária. O ônibus saiu pontualmente às 12 h com destino ao Rio e chegou às 19:05, exatamente como previsto! Meu maridão estava a minha espera na rodoviária. Dali pegamos um ônibus para ir para casa e descansar.
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