Copa Brasil Loterias Caixa de Cross Country 2023

 

Não esperava ter mais uma competição neste ano antes da São Silvestre, até que vi a Copa Brasil de Cross Country 2023 no calendário da CBAt, prevista para o dia 11/12 em Bragança. Como vi que teria avulsos, precisei adiantar em uma semana minha viagem em família para poder participar. Novamente ficaria em Campinas e dessa vez consegui um avião não muito caro, só que para ir para São Paulo e não diretamente para Campinas. O que ficou caro foi o hotel, que já estava quase lotado, o que me fez precisar pegar um quarto luxuoso, que era bem mais custoso. O Booking.com inclusive apontava que vários hotéis estavam lotados, o que me fazia acreditar haver algum evento na cidade.

Fiz a inscrição no primeiro dia em que abriu, 14/11, e em seguida recebi a resposta de que estava homologada. Quando saiu a lista de inscritos, vi que eram 46 avulsos, com o meu nome em 1°, provavelmente por ter sido a primeira a fazê-lo. Achei que as 100 vagas esgotariam rapidamente. Em Serra o número de avulsos lotara...

A semana da corrida foi ruim. Comecei muito pesada, com 56 Kg, por conta da viagem ao maravilhoso Hotel Fazenda Villa forte, e MUITO mole. Na terça já tinha 51,6 Kg, só que a moleza e fraqueza não passavam. A vontade que tinha era a de dormir eternamente, mesmo dormindo bem à noite. Só fui me sentir bem na sexta, quando o treino era leve. Na noite da véspera não dormi muito bem por conta de alergia. Acordamos no dia 10 às 5:30, saímos de casa às 5:55 e chegamos no aeroporto às 6:30. Como estava cheio, despedi-me do André e fui diretamente ao check-in, infelizmente tendo que usar máscara, o que para mim era totalmente desnecessário no momento, com a imensa maioria vacinada e com a variante "leve".

Para a minha surpresa, o Raio X estava vazio e fui diretamente para o subsolo, onde às 7:20 peguei o ônibus para o avião, que estava relativamente vazio, e saiu antes do horário previsto de 7:50. Também chegamos cedo em Congonhas. O lanche da Azul estava bom, porém dessa vez não teve café. Por isso, tomei um no Aeroporto e dali esperei até às 10 h para pegar um ônibus até o Metrô São Judas. Fui para a Consolação, imaginei-me na São Silvestre, e fiquei triste com o encolhimento da livraria Cultura no Conjunto Nacional e o fim do cinema da PlayArte no Shopping Center 3, onde participei de um evento de Cavaleiros do Zodíaco em 2017. 

Na capital fiz um lanche e fui para à rodoviária, onde peguei um ônibus para Campinas às 13:40. Por pouco não pego o das 13 h. Cheguei em Campinas às 15 h e de lá peguei um Uber para o hotel. Lá fiquei sabendo que a cidade estava cheia por uma formatura militar, onde via muita gente elegante. 

Fui para a suíte cara, com uma enorme banheira de hidromassagem, que infelizmente não poderia aproveitar. Da próxima vez reservo bem antes, assim que souber que vai ter a corrida, já que na maioria dos lugares posso cancelar sem custo se o fizer com antecedência. 

Lá almocei, fui comprar o litro de leite para doação pedido aos atletas avulsos, descansei, jantei e fui dormir. Tive que tirar o fio do telefone do quarto porque tocaram para lá 2 x por engano. A noite novamente não foi das melhores por causa de barulho, seja do elevador, seja da rua. Como só tinha esse quarto livre, não tinha como mudar. E como teve a tal formatura, era um tal de o elevador subir e descer. Só lá depois das 0 h é que ficou sossegado. No início da manhã também voltei a ouvir o barulho do elevador, contudo consegui continuar a dormir.

Acordei às 6:10, tomei o café e às 7:00 peguei o Uber agendado para a CBAt, em Bragança Paulista. Assim que chegamos, às  8 h, deu para ver o pessoal correndo no terreno ao lado do complexo de atletismo onde está sendo construído um condomínio e deu para ver que o percurso era BEM difícil. 

Peguei o meu número, deixei o leite para doação, tirei fotos, inclusive com o grande campeão Joaquim Cruz. Às 8:30 Fui me aquecer e, na hora da pontual largada, às 9 h, apenas 24 atletas apareceram. Estava muito quente, fazendo entre 26 - 27 °C. 

O percurso era todo em trilha de uma terra vermelha. Se tivesse chovido, teria uma lama danada. Também não tinha uma sombra sequer. Procurei não sair muito forte e, na metade da segunda volta, passei alguns atletas que andaram ou desaceleraram nas fortes subidas. Depois disso, fiquei muito longe do atleta que estava na posição antes de mim. Como enxergo pouco, isso foi um enorme problema, pois temia me perder "no meio do nada". Bebi água nas voltas 2 e 3 e terminei a prova de 6 Km avulso (que na verdade teve 6,4 Km) em 37:18, com frequência cardíaca média de 168 e máxima de 179. Além da altitude de mais de 900 m do local, o total desnível foi de 140 m, o que é muita coisa. Tanto que a Jéssica Ladeira, campeã dos 10 Km do adulto feminino, terminou sua prova em 43:59. Mesmo sabendo que teve uns 10,6 Km, o tempo dela mostra que a prova foi bem dura. 

Assim que terminei, peguei minha medalha, fiz I love you em libras para a câmera da transmissão ao vivo no YouTube e fui tentar pegar um Uber. Como estava demorando, peguei um que tinha acabado de deixar atletas para a rodoviária de Bragança. No caminho, o motorista falou que Bragança tem um aplicativo próprio e que são poucos os motoristas que trabalham com Uber. 

Cheguei na rodoviária às 10 h, para pegar o ônibus de 10:30 para a capital paulista. O ônibus foi bem cheio e, apesar de convencional, era tão confortável quanto um executivo. 

Cheguei lá às 12 h, passei bastante, almocei e fui em direção a Guarulhos às 15 h. Infelizmente, neste ano, o Shopping Metrô Tatuapé não tinha nenhuma decoração de Natal. Cheguei às 16 h no aeroporto e fui passear nos terminais 2 e 3 para passar o tempo, já que a volta era só às 20:50. Infelizmente era o horário mais barato que tinha. Fiquei pensando se não teria sido melhor voltar de ônibus mesmo, o que me faria chegar mais cedo em casa.

Como a Azul mudou para o terminal 1, por volta das 18 h peguei o ônibus para lá. Enquanto isso, aproveitava o Wi-Fi gratuito e carregava os telefones na área pública. O terminal é bem pequeno e só tem a Azul por lá, Fui para o embarque após ser atacada por mosquitos, onde pude ficar mais sossegada. 

Chegando o horário do início do embarque, simplesmente anunciaram voo cancelado por causa de problemas técnicos. E se meu marido já tivesse saído de casa para o Santos Dumont e apenas lá se deparasse com o voo cancelado? Mandaram-nos ao balcão de check-in. Chegamos rapidamente lá e a atendente disse que não teria mais voos e ofereceu-me um hotel. Respondi que queria ir embora naquele momento. Então, ela disse que tinha um saindo de Viracopos às 23:25 para o Galeão e que teria um Uber para lá. Assim foi feito e cheguei em Viracopos por volta de 22:30. Ela também me deu um voucher de R$ 500,00 pelo transtorno. Perguntei se teria direito a um Uber do Galeão para casa, o que ela me respondeu afirmativamente.

Até aí, estava irritada, porém problemas podem acontecer. Não pensava em processar nada. Em Viracopos, o portão havia mudado do C02 para o C06. Só que lá não tinha ninguém para dar informação. Comecei a perguntar em outros portões e ninguém da Azul sabia informar nada. Por fim, mudou para o C05 e seria mais um voo atrasado porque houvera atraso no pouso. O novo horário de embarque estava previsto para 22:45. 

Comecei a pesquisar meus direitos e vi que com 2 h de atraso tinha direito à alimentação. Resolvi cobrar a atendente no portão C05 e ela disse que não daria tempo, porque o voucher demora a ser gerado e, como já estava tudo fechando na área restrita, teria que sair para a área pública, o que me deixou bem revoltada. Eles nos garantiam que iriam nos dar alimentação no Galeão.

De repente, logo antes de começar o embarque, vem a informação de que o sistema da aeronave estava passando por atualização, chamado de “giro de motor” e que sequer havia a garantia de que teria voo. A revolta foi geral.

Por volta de 00:10, começou o embarque que até foi bem rápido. Após o embarque, o avião começou a andar e a se preparar para a decolagem. Até que notaram que estava sem ar-condicionado. Foi uma longa espera até nos desembarcarem, à 1:20. Pegamos um ônibus e andamos bastante até chegarmos ao check-in, onde era pouca gente atendendo passageiros de um voo inteiro. No desembarque ofereceram-nos água e biscoitos do serviço de bordo. Só às 2 h da manhã fui atendida. Como optei por um voo saindo às 6:15 para o Santos Dumont, não daria para ir e voltar do hotel. Ofereceram-me mais um voucher de R$ 500,00 e 2 vouchers de alimentação: o de janta de R$ 38,00 e o de café da manhã de R$ 19,00, sendo que essa janta foi um lanche, por estar praticamente tudo fechado no aeroporto. Durante toda essa confusão, um passageiro falou para não usar o voucher de R$ 500,00 da Azul pois, se o fizesse, perderia direito a processar.

O voo de 6:15 que tinha conseguido atrasou um pouquinho e acredito que tinha algum problema também, porque o avião andou muito na pista até decolar. Cheguei no Rio e perguntei assim que saí do avião se, por conta de tudo o que passei, teria direito a um Uber para casa. A atendente disse que sim e falou para eu ir ao check-in. Ao chegar lá, mandaram-me ir para a loja. Só que a fila da loja estava enorme, o que me deixou revoltadíssima, com toda a razão. De tanto reclamar consegui que o pessoal do check-in arrumasse um taxi para eu voltar para casa. Nesse voucher do taxi e nos de desconto na passagem, dizia que a Azul cumpria com seus deveres de acordo com uma determinada norma da ANAC. Só que todos esses vouchers são muito pouco pelo meu aborrecimento e cansaço. Simplesmente perdi minha segunda-feira, quando deveria estar curtindo minhas férias, dormindo. Meu marido e minha mãe também ficaram muito cansados, pois ficaram preocupados com a situação e acabaram dormindo mal. É inadmissível que dois aviões tenham problema assim no mesmo dia! No caso de Viracopos, onde é a base da Azul, deveriam ter nos arrumado outro avião. Durante toda a confusão, tirei fotos e vídeos, para servir de provas para o processo, que sim, vai ter.

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