Outro ateu que eu conheci foi o pai desse meu ex-namorado. Era um senhor muito bem-humorado, que cuidava bem da saúde e um físico bem conceituado, que amava a pesquisa e se dedicava até em excesso ao seu trabalho. Detestava a religiosidade humana. Tirando os fanatismos, se não fosse a religiosidade o mundo seria uma selva. Os maiores benfeitores da humanidade foram todos religiosos.
Assim como seu filho, detestava qualquer coisa fútil. Mas, ao contrário dele, não dava valor às coisas materiais, como dinheiro, roupas, bens etc. Além de se achar dono da verdade assim como seu primogênito, ao contrário de seu filho simplesmente ignorava os problemas, fingindo que não existiam. Se alguém querido chegasse e lhe contasse algum problema, pedindo ajuda, ele simplesmente ignorava. Como "não tinha problemas", era feliz, a falsa felicidade dos egoístas. Imagina se todo mundo agisse assim, a Terra seria "cada um por si e Deus contra todos". Claro que a gente sofre com o problema de um ente querido. Se é difícil permanecer impassível diante do sofrimento alheio, imagina de quem a gente gosta. Por isso devemos evitar sobrecarregar os ombros alheios com os nossos problemas. Porém, sempre que necessário, devemos contar com os nossos amigos.
Esse meu ex tinha problemas com a mãe. A solução: comprar um apartamento para o filho. Ou seja, afastar o problema, e não resolvê-lo.
Assim como o filho, era machista. Mulher para eles é bom, mas não tem muito valor. Dizem amar suas mulheres, mas as tratam com certo desprezo.
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