Boom


Ganhei na promoção do Clube do Assinante do Globo dois ingressos para assistir a peça Boom no Teatro Miguel Falabela no Norte Shopping. A promoção deu 100 pares de ingresso para as melhores resposta à pergunta que era algo como qual personalidade você escolheria em uma existência se isso fosse possível e por quê. Eu respondi que seria uma ambientalista, para tentar ajudar a resolver o problema do aquecimento global que será ainda pior no futuro.

Peguei meu vale-ingresso no Jornal "O Globo" para sábado, às 21 h. Um tanto tarde, mas não poderia perder uma peça tão boa quanto essa. Chegando o dia, estava estressada com um possível atraso do Thiago. Cheguei a colocar em seu Orkut que se ele não chegasse até às 19:30, iria sozinha. Meu nervosismo se devia ao fato de ele ter dormido na casa do Daniel para ajeitar a peruca do Bozo e não ter dado notícias.

Quando ele chegou, saímos. Ele estava esbaforido pois quase fora assaltado. Ele estava em frente a UERJ quando viu uns pivetes e acelerou o passo. Já em frente ao Maracanã, um deles acelerou e agarrou em seu braço. Ao falar algo como: "Ei, campeão...", o Thiago lhe deu um soco que o derrubou (o cara era bem magrinho como ele), e saiu correndo. O engraçado é que havia duas senhoras de idade próximas e o marginal preferiu o Thiago.

A ida ao teatro foi rápida, pois o ônibus que pegamos no Maracanã, o 456, vai direto e não havia trânsito. Ao chegarmos ao Teatro, no 2° andar do shopping, havia uma pequena fila para troca e compra de ingressos. Ao chegar a nossa vez, nem nos deixaram escolher os lugares. Gratuidades não devem ter muitos direitos. Muitos estavam com gratuidades da promoção do jornal. Dava para perceber que estava quente ali fora na bilheteria.

Fomos dar um tempo e tomar um café no McCafé. Pedimos um expresso duplo, que demorou muito considerando que eram simples cafezinhos. As atendentes eram muito lerdas. Os cafés vieram com um pequeno, porém delicioso, chocolate de menta. Voltamos ao teatro para a fila de entrada, que estava grande, porém rápida. Estávamos em frente ao Burguer's King, quando o Thiago falou que o inimigo n°1 do McDonald's não é o Bob's e sim o Burguer's King. Como nossos bilhetes eram H17 e H19, o Thiago ficou achando que não estaríamos juntos no teatro. Expliquei que provavelmente os ímpares eram de um lado e os pares, do outro, justamente o que ocorreu. Também estava quente dentro do teatro, o que me fez suar e muito. Será que não tem ar ali ou o Jorge Fernando não gosta de ar-condicionado?

A peça começou 1 min antes da hora, com pessoas ainda entrando. O Jorge Fernando estava lá no segundo andar, vestido de mulher. Ele interage com o público, pegando no pé de algumas pessoas lá da frente, como dando a entender que um cara era fanho e chamando pessoas no palco. Em um cartaz do teatro isso é avisado para que as pessoas não se ofendam. O Kayky Brito apareceu por lá para assistir a peça. Quando o Jorge falou isso, achei que era brincadeira.

De repente, ele começou a pegar no pé de uma garota na platéia que tinha supostamente se levantado para ir ao banheiro. Contudo, ela era do elenco. Foi tudo tão bem armado que não deu para perceber isso logo de cara. Até na estória do fanho pensei que o Jorge estava debochando do cara, o que seria de extremo mal-gosto, mas era tudo palhaçada.

O expetáculo tem vários efeitos pirotécnicos. Pessoalmente, se eu fosse atriz, não gostaria disso pelo que aconteceu com o Michael Jackson, que teve o cabelo queimado em uma gravação de comercial. Ao final, o protagonista ainda "voa". Tem que ter muita coragem para fazer isso. Vai que o cabo arrebenta.

Ele troca de roupa extremamente rápido e dança muito bem, com muita graça. Ele certamente fez sapateado. Pena que não usou sapatos de sapateado. Acho que isso ficaria legal. Algo que chama a atenção é o fato de ele ser homossexual assumido e fazer palhaçada disso. E também o fato de ser extremamente desbocado sem o menor pudor. O lado espiritual que ele aborda também é interessante: a peça não só nos faz rir muito como também refletir um pouco sobre a vida.

Ao final, ele deu um brinde para os caras lá da frente com quem ele mexeu durante a peça. Pareciam DVDs, provavelmente do espetáculo. Dá vontade de assistir novamente, pois cada espetáculo deve ser diferente do outro. Apesar de estar há 11 anos em cartaz, certamente sofreu muitas mudanças, pois ele incluiu uma música da Shakira, Hips Don't Lie, que não existia em 99.

A peça durou algo em torno de 1:30. O Thiago quis ficar no teatro até todo mundo sair para conseguir uma foto com ele. Durante a peça também tiramos fotos enquanto estava claro. Não havia nenhuma proibição nesse sentido. Quando saiu quase todo mundo, havia também umas pessoas que queriam falar com ele. Entramos junto com elas, inclusive junto com o Kayky Brito. Como não sou de ver novelas, não tinha certeza no início, mas era ele mesmo.

Tiramos fotos de trás do palco. A parte de trás é sombria, perfeita para fazer filmes de fantasma. Lembra também cenários de lutas de certos jogos ou de uma usina nuclear do Final Fantasy VII. Tiramos fotos com os demais atores (Marcelo e Maria Carol) da peça e o Kayky. Todos foram muito simpáticos. Por fim, esperamos a permissão para entrar no camarim do Jorge Fernando, que foi muito legal com a gente. O engraçado é que o Thiago quer ser ator e teve a cara de pau de tentar entrar em contato com os atores, mas não teve coragem para pedir para tirar fotos.

Ao final, saímos por trás do palco, perto dos banheiros. Se a gente quisesse invadir o teatro, era só entrar por lá. Ao sairmos, o shopping já estava quase todo fechado. Fomos pegar o ônibus para voltar, mas não sabíamos onde era o ponto e ninguém nos dava a informação correta. Até que eu vi um 457 parado do outro lado da Avenida Suburbana, que estava lotado. Vimos alguns Otakus perto do shopping e no ônibus. Eles falavam do evento que ocorreria no dia seguinte, na Casa do Minho.

Antes de chegarmos em casa, o segurança da rua ficou me olhando e mandou beijinho, algo que eu não vi, mas que deixou o Thiago uma fera. Ele ficou encarando o sujeito. Já disse para que não fizesse isso, pois o cara é grande e pode ter arma. Como estava tarde, dormiu em minha casa, na sala. Passou o dia seguinte todo comigo, quando o botei para estudar um pouco para a prova dos Correios. Ao sair, reclamou com o porteiro da noite, o seu Antônio, do segurança. Não sei se dar para fazer muita coisa, já que não é a primeira vez que isso acontece. O antigo segurança não fazia isso.

Finalizando, as fotos da peça estão em meu álbum Boom do Orkut.

Comentários