Circuito das Estações - Verão


A dificuldade começou na hora do kit, pois puseram no Hotel Pestana em Copacabana. Achar o hotel foi fácil, o difícil foi o trânsito de ida e volta, principalmente na volta por causa da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, sempre engarrafada. Na ida eu vi uma Pão & Compania grandona, onde comprei biscoito de polvilho.

Fui logo na quinta-feira. Estava tranquilo, sem muita gente. O hotel é superchique, devendo ser uma baba a hospedagem lá. Ao entrar para pegar o kit, havia um estande de vendas da Adidas. Como sou pão-dura ao extremo, nem olhei para ele.

Achei a camisa bonita, mas o kit era muito fraco. Eu quis a P masculina, pois acho que não fico bem com baby look, por achar que me engorda. Já o kit só tinha a camisa, o número, um bando de papel de propaganda, um protetor solar fraco e uma bandana e sacola vagabundos. Muita gente reclamou disso.

Eu fiquei no pelotão azul, de quem corre os 10 Km entre 45 e 55 min. Infelimente, a única vez que corri uma prova da O2 no ano passado, eu fiz em 45:30 na etapa de inverno por não estar me sentindo bem no dia e não pude ficar no pelotão quênia. Se bem que do jeito que estou em forma seria um vexame sair ali e correr mal.

No dia da corrida o Thiago estava muito doente. Ele tinha que ter ficado em casa, pois estava com uma baita virose, que lhe deu um baita febrão. Só que quis vir comigo me ver mesmo assim. E se ele passa mal na rua? E se alguém pegar a doença? Na hora de sair ele estava todo mole. Porém, tinha que ir comigo. Eu não iria deixar de correr por causa dele. Afinal, não era para ter ido lá para a minha casa e sim ter ficado de cama.

Saltamos um pouco depois e tivemos que ir andando, pois esta corrida foi perto do MAM e não no meio do aterro como de costume. Achei estranho, pois acho que me lembro de ter visto que a largada era bem no meio. Eu percebi que já tinha passado do ponto de saltar do ônibus quando vi um bando de barraca de equipe de corrida logo no início e depois não as vi mais. Saltamos e andamos um pouco até chegar lá.

Era muita barraca e muita gente. Soube que deu umas 14.500 pessoas, a imensa maioria indo correr os 5 Km. Mais do que isso, só mesmo na São Silvestre. Eu infelizmente não vou nesse ano por falta de forma. Foi difícil achar a barraca da academia. Só achei porque o prof. Rodrigo me viu e me falou onde ela estava. Mas não fiquei muito tempo por lá, pois queria passear e eu não conheço quase ninguém que corre na equipe mesmo. Aí, fica chato.

Antes de procurar a barraca, fui pegar o meu chip. Acabou que foi uma confusão danada, pois ele e o de outras pessoas não estavam no local onde deveriam estar. Até acharem demorou um tempinho. É muita falta de organização.

Na hora da largada, somente o pelotão quênia tinha uma área especial. Não tinha uma área especial para o pelotão azul, por exemplo. Eu tive que entrar na área do verde, ficando juntas pessoas que correm em ritmos muito diferentes. Eu não fiquei muito lá na frente, porém estando relativamente próxima da largada. Soube que o pelotão quênia não foi respeitado e muita gente invadiu sua área. Também soube de um amigo com tempo para o pelotão quênia, só que não o puseram lá.

Dada a largada, me senti na São Silvestre. Simplesmente não consegui correr os primeiros 500 m. Depois de me livrar do engarrafamento de pessoas, consegui correr melhor.

Vi que a prova tinha marcadores de ritmo. Contudo, eles corriam na velocidade que bem entendiam, muito mais fortes do que deviam. Assim não pode, assim não dá.

Eu fazia o ritmo que dava para mim. Eu estava descansada e mais treinada, só que realmente estava muito quente. Vi vários homens chegando sem camisa. Também, o pessoal quer correr com aquela camisa quente da corrida...

Para piorar, tinha água nos Kms 2 e 4, mas só foi ter de novo no Km 8. Para piorar, estava quente. E, no final, antes de a corrida terminar, começaram a tirar a faixa que separa quem corre os 5 e os 10 Km. Conclusão, os caminhantes começaram a ir para o meio da pista e atrapalharam os corredores. Muita gente só participa por causa da camisa e só vai caminhar. Ou fazem uma caminhada separada ou proíbem a caminhada, pois isso atrapalha quem corre. Concluindo, ao final tive que ficar desviando dos caminhantes e de quem invadia a pista porque não colocaram grades para evitar isso.

Terminei o percurso com 53:20, sendo a 604° no geral absoluto, 44º no geral feminino e 9º na faixa-etária feminina de 30-34 anos. Na chegada também tive problema com água. Estava quente ainda nas caixas de papelão. E não vi o Thiago, que disse que ficaria me esperando. Nessa corrida houve algo interessante, que foi o fato de só ter um retorno ali na frente do tunel.

Mais problemas na hora de devolver o chip e pegar a medalha. Era muita gente para pegar medalha, o que formou uma fila enorme. Ao menos deram uma toalha bonitinha e uma garrafa de isotônico. Sinto é a falta de barras de cereal.

Fiquei na barraca de frutas comendo muita maçã e banana d'água. E nada de o Thiago aparecer. Estava ficando preocupada. Quando fiquei satisfeita depois de 7 maçãs e 3 bananas, fui catá-lo, levando umas bananas d'água, que eu sei que ele gosta. Peguei o iogurte a que tenho direito, o que já estava quase acabando e fui até o palco do pódio onde as pessoas chamavam por aqueles que procuravam. Todavia, o cara do microfone estava ocupado no momento pois estava premiando os campeões. Coloquei meu número na urna para o sorteio e dei mais um passeio até que o encontrei furioso, dizendo que estava me procurando. Disse que ficou na chegada o maior tempão e não viu. Falei que era para ter ficado na barraca de frutas, pois ele sabe que fico o maior tempão lá. Quis lhe dar banana e isotônico. Entretando, ele só queria água. Deu muito trabalho achar água, pois quase não tinha mais.

Durante o sorteio encontrei meu massagista com sua família, uma amiga da minha irmã e um corredor amigo do Thiago que consegue ser mais magro do que ele. Como sempre, não ganhei nada.

Ao voltar para casa, o Thiago foi tomar banho e ficou direto na cama. Se já é difícil que coma, imagina doente. Consegui que comesse umas bananas. Eu peguei d'água pois ele reclamara que as lá de casa, prata, não estavam doces por estarem novas. Porém, por estar sem fome, sobraram muitas bananas. Acabou que eu as congelei para fazer doce.

Na segunda de manhã ele voltou para casa e continuava mal. Teve que ir ao hospital para fazer exames. Sorte que foi apenas uma virose mesmo. O problema é que o negócio poderia piorar e evoluir para uma pneumonia ou uma tuberculose. Afinal, ele está mais magro de novo. Eu estava tão feliz que estava engordando.

As fotos da corrida podem ser vista em um de meus álbuns do Orkut. Já o vídeo onde apareço está em: http://www.youtube.com/watch?v=VXHuZTRsiyo

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