IX Campeonato de Cross Country AVAt


Finalmente neste ano voltou a ter o campeonato de cross no Fundão, ocorrido no dia 18/03. Em 2011 ele não ocorreu. Já em 2010 teve um circuito de cross no Quartel da PM do Sulacap, organizado pelo então presidente, o Cel. Rabelo.

A inscrição foi barata para os sócios: R$ 20,00. Quem pagasse mais tarde, pagaria R$ 30,00. Para os não sócios o preço era o dobro. Dessa vez não dava para o Thiago ir por causa de seu trabalho. Ele tem pego das 16 h até 00:20. Obviamente fica complicado acordar cedo e com disposição. Ainda mais para correr 8,2 Km em um chão não lá muito fácil. Sem falar que ele não é atleta. Correria o sério risco de se lesionar ou passar mal.

O complicado como sempre é chegar lá. Pensava em pegar o 634. Porém, ele não passava de jeito algum. Então, peguei o 606 até a Leopoldina e lá peguei o 323 que vai para o Bancários. Pensava estar segura pois este, ao contrário do outro, não passaria pela "faixa de gaza". Ledo engano! No meio da Avenida Brasil, subiu um monte de funkeiros pela porta de trás, fazendo a maior algazarra e estando visivelmente alterados. As poucas garotas do grupo usavam aqueles decotões e roupas bem curtas. Fiquei muito preocupada. Temia que me roubassem ou que tentassem alguma gracinha ao saltar. Para meu espanto, nada fizeram. Ouvi algum deles dizendo que eu era de família e sequer me disseram alguma gracinha. Graças a Deus!

Saltando no Fundão, fui procurar o campus de educação física. Até que desta vez não me perdi muito. Afinal, eu imprimi um mapa usando o Google Earth.

Chegando lá, fiquei satisfeita em ver que não havia aquele esgoto fedorento no percurso como tinha em 2009. O chato era o fato de o banheiro ser longe e mal-conservado, com a maior parte dos sanitários sem portas. Pobres alunos de educação física! A própria pista de atletismo, que já é ruim por ser de cimento, está em um estado deplorável. O campus da UFRJ no Fundão tinha tudo para ser um lugar lindo como a PUC. É uma pena estar tão abandonado há anos!

Minha menstruação se recusava a vir. Passei a semana toda inchada e enjoada, sem conseguir treinar bem. No dia do cross as fotos denunciam bem o quanto estou inchada. Obviamente, não daria para ter um grande resultado no dia. Ainda assim, fiz os 8,2 Km em 39:24, sendo a primeira e única da minha faixa-etária e a segunda geral. Infelizmente não publicaram o geral absoluto para saber minha posição entre todos os participantes. De positivo, o fato de ter corrido mais rápido do que em 2009 e de ter passado a segunda volta ligeiramente mais rápido do que a primeira.

Achei que o percurso poderia ter sido mais bem sinalizado. Em alguns momentos eu tinha dúvidas para onde ir. Minha amiga Brigida, a campeã, se perdeu e induziu três homens que estavam atrás dela ao erro. Foi muito estranho quando de repente ela passou por mim juntamente com os três homens. Na hora que ela passou, ela disse que errou o caminho. Mesmo assim ela me ganhou com sobras.

Assim que acabou, eu me acabei na melancia e na banana. E pude me confraternizar ao lado de meus amigos atletas mais relaxada. Antes de uma corrida sempre fico um tanto nervosa, querendo ficar sozinha.

Acho que uma corrida tão boa como essa deveria ser mais bem divulgada. Em 2006 teve tanta gente que fizeram 3 baterias: a das mulheres, a de homens acima de 50 e os demais. Em 2009 e 2012 não deram nem 100 atletas. O preço é barato. A camisa e a medalha são simples, porém bonitas. E o dinheiro pago não vai para o bolso de ninguém e sim para o benefício da prória associação. O melhor mesmo é o ambiente de amizade e confraternização. Adicionamente, tem o fato de se correr em um terreno diferente. Quase todas as corridas no Rio são no Aterro do Flamengo, o que acaba sendo entediante.

Para terminar, achei muito bonita a homenagem que fizeram ao Paulo Sérgio Benarrós, mais conhecido como Paulinho Cabelereiro, amigo de todos, que infelizmente morreu assassinado correndo no local da prova, onde treinava habitualmente. Descanse em paz, meu amigo!

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