1º Treinão Light da Maratona Caixa da Cidade do Rio de Janeiro 2012


Fiz a minha inscrição com antecedência, pois temia que as vagas acabassem mesmo sem saber se poderia participar, pois queria correr em Cabo Frio no 3º Circuito Fluminense de Corrida Rústica e Caminhada. Só que como a corrida em Cabo Frio seria às 8 h, eu não poderia ir pois o ônibus não chegaria a tempo. Então, fui ao treinão mesmo no dia 15 de abril.

Tomei meu café às 7:40 e fui trotando até o local, na Quinta da Boa Vista. Encontrei as tendas da organização facilmente. Cheguei lá pontualmente às 8 h e achei estranho a palestra já ter começado pois o horário marcado era 8 h.

A palestra com um ortopedista era muito boa. Teve algo que na hora ele falou e depois, pensando bem, não concordo. Ele disse que usar muito uma palmilha para corrigir uma pisada pode suavizar o problema. Se fosse assim, bota ortopédica seria algo ainda recomendado hoje em dia. Eu usei bota direto até os 6 anos, algo que eu detestava, e meu pé continuou quase chato. Eu até uso palmilha de silicone para andar, até para evitar fascite plantar. Porém, para correr elas são pesadas. E as outras que experimentei ou eram duras ou esquentavam muito. Ou seja, nunca me adaptei, sempre preferindo um tênis pronador mesmo. Só não compro um de pronador severo porque é muito mais caro. Eu ainda forço a curva do meu pé a ficar sempre levantada. Não sei se é o melhor. Contudo, corro mais rápido assim. Mais ainda, um atleta fisioterapeuta que conheci falou para fazer isso. Também conheci outros atletas que falaram a mesma coisa.

Algo interessante que ele falou é que quase todo mundo gasta o tênis pelo lado de fora mesmo não sendo supinador. E que muitas vezes um pé pode ser meio pronador e meio supinador, daí a necessidade de palmilhas especiais. Na época, dois ortopedistas me disseram que eu era pronadora severa e um deles falou até que meu pé era chapado mesmo. O tal fisioterapeuta me disse que eu tenho a estrutura óssea da curva, não tendo apenas a musculatura para sustentar. Portanto, deveria fazer força para sustentar. Fiz RPG, que ajudou um pouco. Hoje em dia, pode-se aplicar fisioterapia em crianças para reverter o problema bem cedo. Só que em adultos isso não traz resultados.

Ele falou também de lesões comuns, casos raros de corredores de elite que são todos tortos, de correr descalso e de correr na ponta do pé. Nesse ponto, ele falou que de fato é mais rápido. Só que mais lesivo. Então, a não ser que seja profissional ou tenha todo o tempo do mundo para se recuperar, não se deve fazer isso. Se bem que acredito que gente que já está acostumada a fazer isso deve continuar fazendo se não se lesionar com frequência por conta de correr na ponta do pé. Tem gente que tem genética abençoada que pode faze de tudo. O próprio médico falou isso.

A palestra durou mais do que devia e o pessoal da organização ficou levantando cartaz para ele acabar logo.

Estava muito quente no dia e o treinão foi começar às 9 h. Resolvi seguir o marcador de 4:30. Afinal, estava descansada, não tendo treinado no dia anterior. Só que o maluco passou muito mais forte do que isso. Ele depois disse que não, e tal. Ele correu com um iPhone na mão usando seu GPS. Só que acho que ele ficou olhando muito a velocidade instantãnea e não a média. A primeira sempre varia muito. Fiquei para trás no Km 1, juntamente com meu amigo Gilson. O Ivan, que corre para 4:30 sem problemas também reclamou que o cara saiu desesperado e não aguentou acompanhá-lo.

O percurso era confuso e eu acabei errando o caminho na 2º volta de 2,5 Km. Então, para fechar os 15 Km, fui até a marcação correspondente aos 14 Km, já que meu erro foi de mais ou menos 1 Km. Peguei água nas 2 primeiras voltas. Como acabei saindo muito forte seguindo o "marcador de 4:30", nas 3º e 4º voltas eu parei mesmo no posto d'água. Bebi 3 copos e me molhei com água bem gelada. Eu iria acabar passando mal se não o fizesse. Além do calor, estava faminta. Estou acostumada a treinar logo depois do café. Terminei o treino de 15 Km em 1:06:09.

Outra coisa ruim foi o fato de os sorteios rolarem enquanto treinávamos. Deveriam esperar todo mundo terminar ou terem feito isso antes. Ainda peguei parte do sorteio. Como sempre, não ganhei nada. Só que não tinha nada de muito interessante. Ganhar kit com boné, garrafa e camisa é algo de que não preciso. Eu até participei do concurso para ganhar inscrição da meia ou da maratona. Todavia, perdi de cara. Se ganhasse, pediria que me pusessem na Family Run. Perguntaram a data da maratona passada e eu errei por um dia. Já na pergunta do local da retirada do kit, chutei Célio de Barros, quando a resposta certa era MAM.

Ao final, comi 5 bananas, 5 maçãs e 2 gatorates. Os alongamentos foram muito bons, tanto antes do treino e principalmente depois. A propósito, o médico disse que se deve alongar antes e depois e eu concordo com ele totalmente.

No próximo, se eu puder ir em mais algum, vou seguir meu frequencímetro. Na pista tenho como saber ao certo minha velocidade. Em treinos longos em locais sem quilometragem certa ou em competições eu vou com ele para não forçar mais do que meu corpo diz no início. No final não quero nem saber, mando bala a não ser que esteja muito cansada ou com as pernas pesadas.

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