Corrida e Caminhada de Natal de Duque de Caxias


Como disse na postagem anterior, queria correr a subida do Cristo. Só que as inscrições abriram no dia 8 e se encerraram no dia seguinte. Eu ligava para lá e só dava ocupado. Tinha medo de chegar lá e dar de cara na porta. Quando consegui falar, aí já tinha esgotado. Então, me lembrei de que o Jorge Ultramaratonista tinha falado no Facebook a respeito da Corrida de Duque de Caxias, também gratuita. Não achei sua postagem no "Facebug", mas pesquisando na Internet consegui achar a página da prefeitura. Liguei para lá e ainda havia inscrições. Não pensei duas vezes e me mandei para Duque de Caxias, pois só havia inscrições feitas presencialmente.

Para minha sorte, peguei trem gelado na ida e na volta. Apesar de ficar um pouco em dúvida, cheguei facilmente ao local, a vila olímpica. Até porque já tinha ido lá em 2011 para pegar o kit do Circuito Fluminense.

No dia de retirada do kit também peguei trem gelado. Porém, minha ida e volta acabou demorada porque só passava trem de hora em hora. Para piorar, na volta, na plataforma sentido Central do Brasil, peguei o trem que estava indo no sentido oposto. Por não conhecer o local, saí na estação seguinte. Contudo nesta não tem como atravessar para o outro lado. Tive que sair da estação e pagar outra passagem. Não tinha a menor condição de eu esperar mais uma hora, pegar o próximo e saltar numa estação onde dá para contornar. Eu ainda vou cobrar essa da "SuperFria".

Eu imaginava que a corrida, por dar premiação alta em dinheiro (R$ 3000,00 para o 1º, R$ 2000,00 para o 2º e R$ 1000,00 para o 3º), teria o nível muito forte, até com quenianos. Se por menos eles aparecem, imagina por tal valor. Todo mundo dizia que o nível estaria fortíssimo e eu achava que não teria a menor chance de pódio mesmo que batesse meu recorde dos 10 Km.

No dia, acordei às 5:40 e peguei o trem velho mas geladinho para lá. No trem encontrei um jovem atleta do exército a caminho da corrida que também disse que o nível estava fortíssimo. Chegando lá ainda estavam fazendo as inscrições. Se eu soubesse, não teria feito essas duas viagens longas. Todavia, pela lei de Murphy, se eu tivesse tentado fazer no dia era provável que as inscrições já tivessem acabado.

Ali perto da estação de trem é feio. Entretanto, a praça do Pacificador, local da largada, estava linda com a decoração de Natal. Sem falar que a praça em si não é feia.

Não tinha muita gente e quase não via nenhuma mulher forte. Para melhorar, não vi quenianos. Acho que eles não vão por só por premiação e sim se tiverem cachê para participar, para serem as atrações, em detrimento dos atletas brasileiros. Ou então todo mundo achou que o nível seria forte e os próprios atletas de elite resolveram não se matar tendo premiação só para os três primeiros.

A largada atrasou um pouco porque não tinham ainda conseguido puxar o fio do poste para encher o pórtico de largada. Falta de organização total. A prefeitura sabia que tinha a corrida e deveria ter providenciado isso de véspera. Sorte que não estava muito quente. Com 15 min foi dada a largada e na primeira virada vi que estava em 4º. Passado algum tempo já estava em 3º. Até que saí num ritmo razoável. Todavia, a corrida teve duas subidas de viaduto, uma outra subida, muitas curvas e em duas ocasiões teve pista compartilhada com o trânsito, correndo o risco de haver atropelamento. Muita desorganização! Se a corrida é da prefeitura, o trânsito tinha que estar fechado no local. É só avisar com antecedência aos motoristas e na hora da corrida fechar mesmo.

Pelo que me disseram, não teve muita gente na corrida por causa da falta de organização. Parece que já teve gente atropelada em uma corrida em Duque de Caxias.

Para piorar, água só depois do 4º km. Imagina se tivesse fazendo o calor que fez no meio da semana! Se sem isso um cara passou mal no meio da corrida e deram banho nele com balde de água, imagina se tivesse pior.

Acabou que fui mesmo a 3º geral com 47:35 os 9,9 Km (meu GPS marcou 9,93 Km e o de outro rapaz, 9,91 Km). Equipe Portão 17 Maracanã mais uma vez no pódio! Cheguei quebrada e dolorida por causa do percurso. Se eu estivesse mais em forma, daria para tentar ser a segunda.

Peguei minha medalha e fui lanchar. Tomei um guaraná, comi 12 bananas e 12 barrinhas recheadas. Só não comi mais por causa da premiação e para não perder o trem das 10:32. Senão, só às 11:39. A premiação demorou porque teve gente que pegou o chip, dado apenas para os 10 Km, e resolveu caminhar os 3 Km. O professor José Luiz da FARJ teve que verificar os resultados antes de nos chamarem.

Foi a primeira corrida que participei sem pódio. Ficamos ali junto ao painel da corrida. Mais uma falha da prefeitura porque certamente tem pódio dentro da vila olímpica. Foi bacana segurar o checão. Pena que não pude levar para casa. Sempre quis ter um desses. Na verdade, o que eu quero mesmo é voltar a correr bem e ter saúde. Ainda estou correndo muito mal. Ganhar premiação é consequência. Na hora que o Zé Luiz me chamou, ele falou o nome da equipe e citou o fato de não termos mais pista para correr, infelizmente.

Quase que perco o trem na volta por causa da demora para preenchermos nossos dados para a premiação. E também porque durante a premiação masculina apareceu uma louca querendo tomar o microfone e perguntando ao apresentador sobre seus ancestrais. Deu um trabalhão para tirá-la de lá. Depois ela estava junto de um outro louco, mas sem atrapalhar mais nada.

Espero que a premiação em dinheiro não demore muito a sair. $$ sempre é bom!

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