Campeonato Estadual de Veteranos


Minha primeira prova, os 1500 m, estava marcada para às 16:45 do sábado. Normalmente eu sairia às 15:15. Contudo, como estava acompanhando o trânsito na Avenida Brasil e tinha trechos muito ruins por causa das obras da Transbrasil, saí às 15 h. Só que estava muito ruim mesmo e acabei chegando lá quase às 16 h, um tanto em cima, já que gosto de chegar com 1 h de antecedência. O Hércules veio me assistir e chegou praticamente junto comigo.

Ao confirmar minha prova, os árbitros começaram a dizer que eu estava atrasada e que não deveriam aceitar, e parece que implicaram com outras pessoas por isso. Só que as provas estavam adiantadas e um atleta pode não aceitar correr antes da hora. Eu estava confirmando antes das 16:15. Então, não tinham porque implicar. Aliás, por causa do engarrafamento, muita gente chegou atrasada e a equipe de Búzios não conseguiu chegar para as provas de sábado à tarde.

Eles nos apressaram, mal consegui me aquecer, para separarem em três baterias as não muitas atletas porque estavam com poucos árbitros. Como as mais novas foram as últimas, deu tempo de fazer um aquecimento rápido e ir ao banheiro. Um árbitro me acompanhou juntamente com a Ana Paula, que largaria comigo. Só que resolveram pegar um atalho pelo barranco. Para subir não tive problemas. Porém, para descer... A Ana Paula até me perguntou brincando se não tive infância. Não é à toa que não consigo correr nas descidas de barranco ou escadas irregulares.

Dada a hora da largada das categorias abaixo de 40, quase na hora marcada, comecei por último e tentei alcançar a todo custo as atletas que estavam logo na minha frente, algo que não consegui por pouco. Elas mantiveram basicamente a mesma distância de mim o tempo todo. Acabou que terminei exausta em 6:02.2, com a frequência cardíaca média de 175, sendo a 5º geral entre 15 atletas e a 4º da faixa-etária 35-39 entre 5 atletas. Foi um resultado muito acima do esperado para a minha forma atual. Se eu não tiver lesões, dá para encarar os 1500 m descansada entre as atletas federadas sem dar vexame.

Eu queria muito correr também os revezamentos e tínhamos equipe para tal. Mal deu tempo de descansar e dar um trote e fomos chamadas para o revezamento 4 x 100. Eles estavam apressando porque estava escurecendo e lá no CEFAN a pista fica totalmente escura à noite. Eu fui a 3º perna e peguei o bastão da Elza. Como a Lenita e ela são mais velhas, não peguei o bastão sendo a 1º mas o passei para a Solange em 1º. Como ela é veloz, fechamos em 1º geral de 4 equipes e na categoria sub-50, onde só tínhamos nós. Como era uma corrida de 100 m, não deu para marcar meu tempo individual. Já minha equipe fez em 1:14.4. 

Já estava escuro quando saí do CEFAN e peguei um pouco de trânsito na volta. Isso me deixava apreensiva para o dia seguinte, pois não queria chegar atrasada para correr os 5.000 m no domingo do dia seguinte.

Infelizmente tive pouco tempo para a recuperação e ainda por cima demorei um pouco a dormir por causa da adrenalina recente. No dia seguinte acordei às 6 h e saí de casa às 6:25. Desta vez o trânsito estava excelente e cheguei às 7 h no local.

Desta vez também não apressaram a largada e pude me aquecer normalmente. Dada a largada comecei em 3º geral e na faixa-etária e terminei assim. Assim como nos 1500 m, estava preocupada em melhorar a minha colocação e quase nem olhava no relógio. Só que eu estava muito cansada de ontem e fiz em 22:42.1, AVG 171. Dá para ver pela frequência cardíaca que não consegui forçar muito.

Já os 800 m eles adiantaram bastante e novamente não consegui me aquecer tanto quanto deveria. Mas ao menos não foi na correria. Como desta vez tinha árbitros em número suficiente, colocaram todo mundo para largar junto, saindo em arco. Fiz toda a força que podia e acabei com 3:06.2, AVG 167, ficando em 6º geral de 16 atletas e em 5º de 6 atletas na faixa-etária de 35-39.

Faltava o revezamento 4 x 400, que também começou bem adiantado. Até que foi bom, já que foi pouco depois dos 800 m e não tinha dado tempo de esfriar. A Lenita estava esgotada e sem condições de ir. Então, a Vera foi a 1º perna da nossa equipe, passando para a Elza, que passou para mim e, por último, passei para a Solange, que quase pegou a última da 2º equipe sub-50. Eu, já esgotada, fiz em 1:34.7, AVG 158. Já minha equipe fez em 6:40.2. Já na saída da pista a Elza tinha falado que uma equipe tinha invadido a raia e que talvez fosse desclassificada, fazendo com que ficássemos com a prata. Mas na verdade ficamos com o outro, pois a outra equipe sub-50 que chegou na nossa frente passou o bastão antes do setor válido de passagem, pelo fato de a atleta ter posto o braço para fora para pegar o bastão. Portanto, fomos a 2º equipe geral de 5 e a 1º de 4 na categoria sub-50.

No final, a nossa equipe Portão-17 Maracanã foi a 3º no feminino e 2º no masculino, mesmo sendo uma equipe pequena. O que conta muito é o revezamento, cuja pontuação é dobrada.

Saí cansada e feliz. Algo que gostei bastante foi o fato de ter havido renovação no atletismo master carioca, com a entrada de novas equipes e veteranos jovens. No último estadual que participei, em 2015, já estava feliz com a entrada da equipe Muvuca da Vovó, de Campo Grande. Agora, apareceram também a Superação Master e Atletismo Búzios. O que achei ruim foi a estrutura dos banheiros disponibilizados para o atletismo pelo CEFAN. Eles sempre nos deixam um banheiro horrível. A AVAt paga uma taxa caríssima. Logo, melhores banheiros deveriam ser cobrados.

Outra coisa que gostei é que depois de muito tempo voltaram com os números separados por faixa-etária, sendo que esses ficaram bem bonitos, em nada lembrando os do passado. O que não gostei é que talvez não haja o festival de 1 Km da AVAt por causa de empecilhos criados pelo administrador da Quinta da Boa Vista. Já o triatlo de velocidade foi cancelado por falta de atletas, porque a procura foi muito baixa.

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