Festival de Atletismo Master Professor Genaro Simões

Nesta competição só tinha provas curtas e eu resolvi me arriscar em todas, inclusive nos 100 m rasos. Se eu já não corro bem os 400 m, imagina nos 100 m!

Para a minha sorte, meus problemas de inchaço passaram por ao menos alguns dias para não me atrapalhar tanto. Eu sempre fico ligeiramente mais pesada após um dia de descanso, mas quando o inchaço é normal, não chega a atrapalhar. No dia, por exemplo, acordei com 51,5 Kg. Há uma semana, estava com 52,4 Kg no dia da corrida. Parece pouco, mas faz muita diferença, ainda mais não sendo gordura.

No dia, acordei bem às 7:40. Como a primeira prova, os 400 m, seria às 13:30, almocei por volta das 9 h para estar bem nutrida e não passar mal, às 11 h peguei carona com a Elza e fomos para lá, chegando por lá antes das 12 h.

A vila olímpica, que eu não conhecia, está totalmente reformada e ótima. Os banheiros são bons, a pista é nova e com o mesmo material do Célio de Barros, um tartan macio. Em volta da pista de atletismo há uma de corrida de 470 m que, embora de cimento, tem terra e grama no percurso, o que a torna mais macia. Foi esse o percurso que usei para os aquecimentos e desaquecimentos.

Enquanto eu passeava pelo local, vi cabras na grama da pista pastando e muitas crianças indo para a piscina. Confesso que não olhei a piscina em detalhes, que parecia boa.

Estava muito sol e quente, com a temperatura começando em 33 ºC às 13 h e terminando em 30 ºC às 18 h. A confirmação da inscrição ficou em cima da hora por conta da montagem da mesa da organização. Porém, a prova foi pontual. Na hora de chamar, o árbitro se confundiu e começou a chamar pelas de 50 anos. Só que de acordo com o programa horário e com as regras de campeonatos de veteranos, durante à tarde, os mais novos começam primeiro para expor menos ao calor os mais velhos. Acertando tudo, todas as sub-50 foram para a largada, saindo eu na raia 3. Ninguém quis sair de bloco. Eu até cheguei a aprender durante a gravação do comercial no Engenhão em 2012. Contudo, como só pratiquei naquele dia, preferi não me arriscar e sair de pé mesmo. Dada a largada, comecei em segundo e fiz todo o esforço que pude para alcançar a primeira, com medo de acabar invadindo raia. Até me aproximei. Entretanto, caí para terceiro e na reta final as duas abriram, ficando eu em 3º na bateria de sete atletas e em 3º na minha faixa-etária. O bom de tudo isso é que eu bati meu recorde de tirão da época em que eu era nova, fazendo em 1:21.89. Se eu tivesse saído da raia 1, talvez fosse melhor, pois não teria a necessidade de me preocupar com invasão de raia. Teria sido melhor ainda se fosse numa pista dura própria para competição, como no CDA (minha preferência), CEFAN ou EsFex. Na premiação, tive a grande honra de receber a premiação do grande campeão Nelson Rocha dos Santos, mais conhecido como Nelsinho.

Chegada a vez dos 100 m e confesso que deu medo de eu me lesionar, por nunca ter competido nesta prova. Novamente ninguém saiu de bloco. Na largada, poderia ter tido um tempo de reação melhor (velocistas treinam isso) e terminei em 4º na bateria de 6 atletas e em 2º na minha faixa-etária, com 18.8 s. Com um tempo de reação melhor, talvez pudesse ter batido meu recorde de 17.7 s. Afinal, nos treinos, eu meço o tempo assim que largo. Na competição, o tempo é medido depois do tiro e não após o atleta largar. Inclusive sei que há grandes velocistas que tinham seus melhores tempos absolutos em treinos e não em competições.

Como a competição era em homenagem ao professor Genaro, muitos treinadores e ex-atletas campeões foram prestigiar o evento. O já citado Nelsinho, sua filha Evelyn, a mãe dela Sheila, Luciana Mendes, Edneida, Lancetta, Fatyma Silva, o próprio presidente da AVAt Zé Luiz, etc. Pena que o próprio Genaro não pode vir por já ter 95 anos e estar com dificuldades de locomoção.

O sol diminuiu e chegou a hora dos 1500 m. Como não eram mais de 15 atletas, foram todas juntas. Já estava cansada, fiquei em 4º na largada, passei duas atletas e acabei em 2º geral e na faixa-etária com 6:28.8 pelo meu relógio, única prova individual onde medi meu tempo por motivos óbvios, onde a frequência ficou em 169. Estando descansada e fresco, dá para fazer bem melhor. Todavia, acho que não seria o suficiente para fazer abaixo de 6 min e competir no adulto nesta prova.

Em princípio, o revezamento da minha equipe seria acima de 50. Entretanto, como de qualquer forma ganharíamos medalhas e estava todo mundo cansada, acabou que eu participei e a equipe ficou como sub-50. Na hora da largada havia 3 equipes acima de 50 e 2 sub-50. Então, acabou que foi vantajoso ficar sub-50. A Ilza, participante da primeira perna, passou em 2º. Com a Elza já cansada e com dor porque sentiu o pé nos 100 m, a nossa equipe caiu para 3º geral. Com a Carmem e eu a posição se manteve e terminamos em 3º geral de 5 equipes e em 2º na categoria sub-50. Meu tempo foi um horroroso 1:46.8 pelo meu relógio. Acho que o problema é que o tempo de descanso entre as provas foi muito curto, em média de 1:30, e o calor do dia. Ao menos não houve atrasos e o revezamento até ficou ligeiramente adiantado.

Antes de ir embora, conversei com vários atletas e treinadores sobre a situação da direção da FARJ que permitiu um parque de diversões que a princípio começará em abril. Eu também tive pela primeira vez a oportunidade de pegar um peso de arremesso de peso na mão. Caramba, são muito pesados! Mesmo com o mais leve, se eu tentasse fazer arremesso de peso provavelmente terminaria deslocando o ombro. Ao menos os discos são mais leves. 

Na hora da competição, peguei minhas medalhas dos 400 m e 100 m. Como estava tarde e eu queria jantar, não peguei as medalhas do 1500 e a do revezamento. Mesmo tendo lanchado, estava com fome. Havia uma cantina com coisas gostosas organizada pela Silvina, só que eu não queria gastar dinheiro. O Zé Luiz já estava dando as medalhas dos 1500 m mas tinha parado para o revezamento de 400 m. Como havia idosos competindo, ia demorar. Peguei o BRT, fiz baldeação em Madureira e fui até Vicente de Carvalho, onde peguei o metrô até em casa. Para finalizar, fiquei impressionada como as estações do BRT estão vandalizadas. Isso é uma vergonha. Ao menos o trajeto foi rápido.

Comentários

Jorge Cerqueira disse…
Nesse dia eu iria lá ver vcs mas conflitou com outra prova...Parabéns amiga.