Depois da falta de competições por conta da pandemia, e depois de uma lesão no joelho que quase me fez operar e me deixou sem correr de 01/10/20 a 16/05/21, estive de volta às competições master de pista, agora pela equipe Atletismo Cidade Jardim, do professor Leandro.
Além da falta de forma, estar 3,0 Kg acima do peso e a idade, os meus problemas hormonais cada vez piores também não permitem mais que eu treine e compita como antes, infelizmente, pois quase sempre fico mole e cansada.
No dia 24/07, acordei às 5:30 depois de duas noites dormindo mal por conta de um estresse causado por um golpista, que duplicou minha conta de What'sApp para aplicar golpes nos meus contatos pessoais. Fui correndo até a estação de trem e peguei às 6:15 a composição para Japeri. Saltei em Deodoro, peguei o para a Vila Militar e fui correndo até o local. O trem estava relativamente cheio e ao menos a maioria estava de máscara.
Como quase não está tendo corridas e competições no Brasil, havia muitos atletas e pouco público por causa da pandemia. Peguei meu número com o Leandro e fui confirmar minha participação no 1.500 m. Peguei também minha nova carteira da AVAt, que agora é de plástico. Tanto a confirmação quanto a competição foram MUITO desorganizadas, com muitos atrasos e excesso desnecessário de baterias por provas, fazendo com que eu saísse no 1º dia com quase 2 h de atraso.
Nos 1.500 m feminino, por exemplo, puseram 4 baterias para 27 atletas, algo totalmente desnecessário, quando poderiam ser só 2. A pandemia não pode ser motivo para isso porque chamam todo mundo junto e na hora da largada eles separam. Para me prevenir, preferi ficar de máscara ali junto com todo mundo e só tirar na hora da minha bateria, que foi a 3º de 4. Usei da mesma precaução na hora do revezamento, ficando sem máscara também quando estava longe de todo mundo.
Como sempre, saí por último e procurei ir passando quem podia. Acabou que fui a 5º de 5 atletas da minha faixa-etária e a 14º de 27 atletas com o tempo de 7:08.94. É ruim? Para o que já fiz, com toda a certeza. Porém, depois de tudo o que passei, foi até melhor do que eu esperava. Não esperava fazer menos de 7:30, mas consegui.
Já para o revezamento 4 x 100 m foi uma espera sem fim! Além de baterias demais, entre cada uma era uma demora eterna! E o calor só aumentando! Fez frio gélido a semana toda e durante o início da manhã. Entretanto, a medida que a hora passava o calor foi ficando muito forte, com muito sol e baixa umidade. Ao menos o Leandro trouxe frutas, biscoitos, etc, e, acreditem, até cerveja! Eram muitas latas de cerveja! Particularmente não acho que os caras deveriam beber, ainda mais sendo 2 dias de competição, além de fazer muito mal para a saúde.
Meu noivo chegou por volta de 12 h para me buscar. Contudo, acabou ficando bastante tempo por lá e me deu bastante apoio e incentivo para a hora do revezamento. Todo mundo gostou dele e me parabenizou pelo casamento que será no próximo dia 11.
Chegando a hora, também foram 2 baterias. Todavia, nesse caso teve justificativa, porque eram muitas equipes. Minha equipe não é formada por velocistas e, para piorar, a primeira mulher (Roberta) é uma arremessadora, que passou o bastão para Rafaela. Eu fui a última mulher e acabou que recebi o bastão da Faiza por último e ficamos em último na bateria com o tempo total de 1:25.11. Infelizmente o André não conseguiu medir meu tempo porque deu pau em seu celular. No geral, nossa equipe ficou em 8º geral de 10 equipes e em 5º de 5 equipes na faixa-etária de 30-39.
Fomos embora assim que terminou de correr e, para nossa enorme sorte, o trem estava chegando na hora em que chegamos na estação.
À noite meu sono foi um pouco melhor e segui a mesma rotina para ir à competição.
Os 5000 m foi pontual e estava me sentindo um pouco melhor. Meu desempenho foi surpreendente para meus treinos, terminando com 25:42.3 pelo meu relógio, sendo a 8º de 20 e a 2º de 2 atletas da minha faixa-etária. Só que o tempo de várias atletas, inclusive o meu, estavam errados, o que me levou a protestar na organização. Demorou mas acertaram.
Novamente um enorme atraso pela demora entre as séries e excesso desnecessário de baterias. Um total absurdo e todo mundo reclamando!
Com 2 h de atraso fomos largar nos 800 m. Nessa prova resolveram agilizar diminuindo o número de baterias. Eu fiquei na segunda e última bateria, sofrendo com o calor do capeta. Terminei com 3:52.41, sendo a 18º de 27 atletas e a 4º de 4 atletas na minha faixa-etária. Pelo meu resultado dos 1.500 m, poderia ter feito em 3:48.
Somente às 14:20 deram largada no revezamento 4 x 400 m feminino em bateria única. Novamente fui a última mulher. Como estava muito longe das 5 primeiras equipes, não pude melhorar a posição. Acabou que Roberta, Sandra, Maria da Natividade e eu terminamos em 5º de 7 equipes e em 2º de 2 equipes na faixa-etária de 40-49 com 7:54.61. Já meu tempo foi de 1:50.8. Meu noivo chegou no final da minha corrida e pôde me incentivar ao final da prova. Não fiquei para pegar a medalha de prata porque André e eu tínhamos compromisso na Parmê, para comermos o rodízio que ganhamos pelo dia da Pizza. Por conta dos atrasos, só pegamos o fim do Buffet na Parmê Bangu. Era tanto cansaço que possivelmente bati meu recorde em quantidade de comida!
Ao ver o resultado final, minha equipe foi a quarta. Apesar dos atrasos, foi maravilhoso poder competir novamente, rever meus amigos de corrida e ver atletas de elite da atualidade e das antigas competindo ou confraternizando conosco. O campeão Giovani dos Santos foi um deles, que pulverizou o recorde masculino dos 5.000 m em sua faixa-etária.
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