Em 2021 resolvi correr a São Silvestre pela falta de corridas no ano e para curtir, já que minha saúde já não permite ter um bom desempenho.
A suadeira começou em meados de novembro para comprar as passagens. Até consegui comprar passagens baratas pela Latam, mas num horário péssimo, tanto na ida quanto na volta. Quando eu tentava em outros horários, ao tentar finalizar, dava erro, dizendo que as passagens não estavam mais disponíveis e tinha que começar o processo todo de novo. Tentei pela Gol também, porém não conseguia incluir os dados do meu marido. Parecia proposital para comprar pelo telefone ou no aeroporto para pagar bem mais caro!
Como a passagem de ida era às 6:55 saindo do Galeão no dia 30, tivemos que acordar às 5:00 e sair correndo às 5:30 para o aeroporto para não perder o voo. Novamente quase não dormi nada por não ter sono. Sorte que ao menos desta vez o Uber agendado funcionou perfeitamente e chegou pontualmente.
Chegamos às 6:05 no aeroporto, e o avião da Latam saiu vazio e pontualmente. Como tinha lugares sobrando, pudemos trocar de assento e ficarmos juntos, já que a operadoras tinha nos colocado separados. É um absurdo ter que pagar mais para ter que escolher o lugar. Na Azul não tem isso, ao menos ainda.
Chegamos pontualmente às 8:05 em Guarulhos, tomamos café, enchemos nossas garrafas e fomos pegar o kit novamente no Anhambi, longe pra caramba do local da largada. Para chegar lá fomos do Tatuapé ao Tietê e de lá andamos bastante. Não tinha ninguém que não reclamasse disso.
Desde Guarulhos fomos acompanhados por um senhor de Fortaleza que ainda corria muito e de certo fora um grande atleta quando jovem. Ele estava no pelotão marrom, até 1:20. Infelizmente tive que me colocar no vermelho, já que infelizmente não consigo mais ter esse desempenho.
Chegando lá tivemos que mostrar o cartão de vacinação, andar bastante lá dentro para só então pegar o kit, que veio até bem recheado, com suplementos, café, biscoito e macarrão. Pena que não veio cappuccino nem tinha café na feira da corrida, que nesse ano foi bem menor do que nos anteriores, podendo muito bem ter sido no ginásio do Ibirapuera.
Do lado de fora vimos pessoas vendendo a camisa atual e antigas, e até uma bonita medalha com os dizeres: "Venci a Brigadeiro".
Depois fomos almoçar e para o hotel, que era relativamente próximo da corrida. Tentei cochilar à tarde, porém não consegui. Também não consegui dormir muito cedo, só que quando consegui, apaguei pesado.
No dia 31 acordei às 6 h, me arrumei, comi umas torradas do kit e um café preto. Na TV Gazeta vi minha amiga Terezinha.
Por volta de 6:50 fui andando até o local da largada com uma garrafa d'água pequena. Cheguei no local de largada por volta das 7:30 e fiquei um pouco na frente da largada do pelotão vermelho para tentar me posicionar um pouco mais na frente. Até então estava fresco, fazendo 19°C e sem chuva. Fiquei num local que estava cheio, contudo não apertado. Lá encontrei minha amiga Maria, companheira de competições master. Neste ano não vi meu amigo Geraldo em momento algum, sendo que sempre encontrei com ele em São Paulo.
Dada a largada às 8:05, fui andando aproximadamente por 2 min até a largada. No início não dava para correr muito bem. Mesmo depois quando dava era muita desaceleração no meio por conta de pessoas que saiam lá na frente e corriam devagar, ou cansavam. Uma coisa que achei perigosa foi passar por deficientes de muletas, com guias, etc, porque alguém mais rápido poderia esbarrar e causar acidentes.
No início sai meio forte mesmo fazendo zig-zag, passando o Km 1 em torno de 5 min. Depois acabei cansando e a velocidade caiu bastante. Adicionalmente, o GPS a cada km dava uma distância cada vez maior do que a das placas por causa do zig-zag e por não conseguir tangenciar as curvas. A maior diferença foi obviamente no início. Falando em GPS, foi um sofrimento para calibrá-lo na largada por causa do tempo nublado e dos prédios altos.
O público estava pequeno, todavia animado. Idem os corredores, já que em 2021 "só" foram 20 mil atletas ao invés dos 35 mil de anos anteriores. Tinha um cara que ficava pulando os cones de palhaçada e quase se machucou, porque o pé ficou preso numa fita. Tinha, como sempre, bastante gente fantasiada e com cartazes. Gritos de "Corinthians", "Palmeiras", e similares foram constantes durante toda a prova, principalmente nos túneis. Ainda bem que ninguém ficou falando nada de política!
Foram 5 postos d'água, com o 1° no Km 3, bem melhor do que da última vez que corri, quando era no 4°. Tive a impressão que o percurso não era o mesmo da minha última prova, em 2012. Durante o percurso tiveram 2 tapetes de chip, só que isso não impediu que vários e vários atletas cortassem o caminho em certas partes da corrida.
As subidas e descidas cansavam bastante, sendo o pior a Brigadeiro. Neste ano andei uns 100 m antes do Km 14 porque fiquei muito ofegante. Ali vi 2 corredores passando mal.
Terminei a corrida em 1:25:21 com meu GPS marcando 780 m a mais. A frequência cardíaca média foi de 171 e a máxima foi de 180 na Brigadeiro. Poderia ser melhor se eu fosse menos ansiosa, dormindo bem e largando mais devagar. Ainda assim corri melhor do que o previsto para minha forma atual. Esperava ter feito 2 min a mais do que o tempo que fiz.
Depois da chegada sentei um pouco e andei muito até pegar a medalha e o lanche. Da metade até o final esquentou um pouco e não choveu. Tentei aparecer na Gazeta enquanto um atleta fantasiado de Senna dava entrevista, entretanto meu marido, que assistia à Gazeta, não me viu em momento algum. Minha mãe, que assistia à Globo, também não.
Ao voltar ao hotel, queria voltar de metrô porque estava cansada. Estava ao lado da estação Trianon, que estava fechada. Tive que ir até a Brigadeiro para pegar o Metrô, já com um pouco de chuva. Ao saltar no Paraíso e ir para o hotel ao lado, encontrei meu marido na porta. Optamos por não tomar café da manhã ali porque eu sabia que voltaria depois do fim, às 10 h. Por isso, fomos tomar café na padaria, onde já almoçamos. Ao voltarmos, pegamos chuva forte.
Paguei a mais para ficar até às 15 h e ter tempo de tomar banho e descansar. Só tivemos um problema: depois do banho frio para recuperar a musculatura, descobrimos que não colocaram tapete no nosso quarto. Ao menos nos puseram num bem silencioso.
Ao sair, fui mostrar o shopping Conjunto Nacional, que infelizmente está quase todo fechado, onde tomamos café na Livraria Cultura. Depois fui mostrar o Mequi 1000, onde quase tomamos banho por causa de um ônibus que passou rápido numa poça. De lá fomos ao Tatuapé ver a exposição de Natal dos Beatles, só que desta vez nos 2 shoppings.
Às 18:10 pegamos o ônibus do Tatuapé para o aeroporto de Guarulhos. Lá tentamos antecipar o horário de voo. Antes das 19 h, na área pública, não conseguimos. Aleguei que em anos anteriores havia conseguido sem custo, entretanto encaminharam-me para a loja da Latam, onde teria o custo total de R$ 260,00. Resolvemos passear pelo terminal 2 e passamos pelo raio X, para fazer mais um passeio. Numa das últimas pontas da área interna, encontramos mais um balcão da empresa, onde tentamos o mesmo às 19:45. Não é que conseguimos? Todos os colaboradores com os quais falamos ficavam dizendo que o voo estava cheio e que seria difícil, só que tinha mais lugares vazios no avião. Da vez que eu consegui fazer isso há uns anos atrás, foi antes da área do raio x e só tinha um lugar vazio no voo para o qual adiantei.
Saímos correndo para o outro lado do setor de embarque e conseguimos pegar o voo das 20:30. Chegamos por volta de 21:20 no Santos Dumont e, como pegamos poltronas juntas na fila 7, saímos rapidamente do avião. Tivemos alguma confusão para pegar o Uber para a casa da minha irmã porque nos mandaram para o local de embarque errado. Mas no final deu tudo certo e chegamos antes das 22 h para comemorar a passagem de ano na casa da minha irmã.
No dia seguinte acordei toda quebrada, porém feliz por tudo ter dado certo e ter tido uma viagem maravilhosa ao lado do meu marido. Até o momento o resultado oficial não havia saído.
Comentários