XXVIII Campeonato Estadual de Atletismo Master

 


Como minha antiga equipe, Atletismo Cidade Jardim, novamente não se interessou em participar de mais uma competição, resolvi mudar de equipe, passando a ser integrante da Muvuca da Vovó. É sempre muito melhor fazer parte de um grupo, com o pessoal te motivando com torcida e, de quebra, ter a chance de participar dos revezamentos. 

Era para eu ter competido os 5000 m também no dia 21/05. Entretanto, infelizmente a competição da FERAt fora adiada. 

Nas 2 noites anteriores, como quase sempre, não dormi bem. No sábado dia 28, acordamos às 5:20 e saímos às 5:45 rumo à estação de trem Maracanã. Como tem sido o de costume, o trem atrasou. Pegamos o Japeri, saltamos em Deodoro e de lá pegamos o Santa Cruz, chegando na Vila Militar às 7:15.

Chegando na pista, fui muito bem recebida pela nova equipe, peguei minha camiseta e número, e fui confirmar. Fiquei feliz ao saber que já tinha sido convocada para os revezamentos. 

Já eram 7:30 e achava que estava tudo atrasado porque não ouvia nada no microfone. Aconteceu que alguém tinha tomado banho no chuveiro elétrico e desligou a energia. Então, as largadas estavam sendo no apito.

Chegando às 8 h, os 1.500 m atrasou uns 5 min e, mais uma vez, sem necessidade, fizeram 2 séries. Para piorar, fizeram uma enorme lambança na 1° série, das mulheres mais velhas, pois tocaram o sino faltando 2 voltas, fazendo com que as atletas corressem só 1.100 m. Não foi a única falha ao longo da competição: uma atleta da minha equipe, a Vera, alegou que a arbitragem não marcou seu tempo numa das provas. A sorte que ela é seu marido tinham marcado o tempo. Ao menos na minha série dos 1.500 m deu tudo certo e eu corri muito bem, fazendo a prova em 6:24.8, com frequência cardíaca média de 168 e máxima de 178, o que prova que forcei bem. Simplesmente melhorei mais de 30 s em relação ao último resultado, lá em Bragança Paulista. Fui a 4° de 7 atletas sub-45 e 4° de 4 atletas da minha faixa-etária. Por muito pouco não pego medalha, fazendo o melhor resultado em 3 anos. Ajudou o fato de estar fresco (21°C) e eu, descansada.

Um estresse que estava tendo era com o relógio, o Polar V800, que ficara no conserto 4 meses e estava travando. Nem sabia se valia a pena levar de volta na autorizada, mesmo na garantia, pois achava que não tinha mais jeito. Eu tinha 2. Todavia, o outro morrera e já mandara para SP, para comprar um Vantage M2, que ainda não tinha chegado. Na hora da prova, do aquecimento e desaquecimento dos 1.500 funcionou perfeitamente, mas depois ficou travando direto. Sorte que já sabia que ele podia me deixar na mão e levei o meu TomTom também. 

No meio tempo entre as provas, consegui uma medalha de prata pelo revezamento 4 x 400 m do Estadual de 2021, já que a minha tinha sido entregue ao meu chefe da equipe Atletismo Cidade Jardim. Como pelo visto ele desistiu de participar das competições master... 

Na hora do revezamento, às 12:30, estava bem mais quente, fazendo 28°C. Sorte que era 4 x 100 m. Fui a 2° mulher e me atrapalhei ao pegar o bastão da Iolanda. Ela caiu ao me dar o bastão e quase cai junto. Afinal, sempre fui a última a pegar, sendo a 1° vez como intermediária. Passei para a Roberta e terminamos em 1:10.5, sendo as 1°s da faixa-etária e a 2° equipe das 6 participantes. Infelizmente o André não conseguiu marcar meu tempo. Como ela e a Letícia são velozes, conseguiram reverter o fato de ter ficado para trás com o incidente. 

Depois, achando que iriam premiar os revezamentos, fiquei lá esperando. Como estava demorando muito, resolvi perguntar e descobri que o fornecedor das medalhas não tinha entregue tudo e que as demais medalhas só chegariam na segunda. Portanto, tinha esperado à toa. Fomos embora e, assim que estávamos chegando na estação de Vila Militar, o trem estava passando. Com o próximo iria demorar, fomos andando até Deodoro, o que dá uma boa caminhada. Acabou que só chegamos em casa às 15:10.

Na noite seguinte finalmente dormi bem. Novamente acordamos às 5:20 e tinha um Uber agendado entre 5:45 e 5:55. Só que na hora H o motorista desistiu e tive que pedir outro na hora. Sorte que tinha um próximo, que foi bem simpático conosco, 

Quando chegamos, antes das 6:30, estava muito frio, fazendo 17º C. Nessa hora ainda não tinha quase ninguém entre os atletas. Pela manhã meu relógio funcionou quase normalmente., pois não tinha sincronizado perfeitamente meus perfis de treino e tinha perdido minhas personalizações. Depois, quando fui aquecer para os 800 m, ele não estava mais funcionando e novamente precisei usar o TomTom.

A largada dos 5.000 m foi pontualmente às 7:30, num friozinho de 19º C. Resolvi fazer a tática de tentar fazer aproximadamente 29 s a cada 100 m, saindo relativamente devagar, em penúltimo, apenas deixando uma senhora de mais idade para trás. Com isso, consegui correr quase no mesmo ritmo do início ao fim e terminei em 2º na faixa-etária de 2 atletas e em 2º geral entre 5 atletas com 24:08.1, com frequência cardíaca média de 170 e máxima de 177. Novamente fiz o melhor desde 2019.

Tiveram mais algumas bagunças na arbitragem, com tempos de provas não sendo computados nos 200 m feminino, o que causou atraso na minha prova dos 800 m, que estava prevista para às 10 h e foi largar às 10:30. Ao menos dessa vez resolveram largar todo mundo em arco em uma só série. Queria muito fazer um tempo melhor do que tinha feito em 2018, com 3:13,69. Para isso, precisava passar cada 100 m abaixo de 24 s. Só que ao contrário dos 5.000 m, que dá para administrar, nos 800 m não dá para fazer isso. Consegui manter o que queria até os primeiros 500 m. Dali em diante eu morri e terminei os 800 m com 3:21.2, com frequência cardíaca média de 160 e máxima de 190, sendo que o TomTom por medir no pulso, não é preciso. Novamente fiz o melhor desde 2019. Contudo, poderia ter feito bem melhor, já que no dia anterior corri os primeiros 800 m dos 1.500 m com 3:22. O cansaço de outras provas também atrapalhou, juntamente com o calor de 27 ºC Acredito que teria conseguido bater meu tempo de 2018 se tivesse corrido no 2º Torneio FERAt Aberto de Atletismo 2022. 

A organização conseguiu adiantar as provas e o revezamento 4 x 400 m, que estava previsto para 12:00, foi adiantado em 30 min. O único problema é que os árbitros não se decidiam qual regra iriam usar, se era a oficial, com a segunda pessoa correndo raiada até o toco e as 2 primeiras saindo mais a frente, ou a regra que se costuma usar nos veteranos, com a primeira saindo mais atrás e desrraiando já na 1º volta. Acabou que foi a regra oficial, Recebi o bastão em 2º e entreguei em 3º. Novamente as outras duas conseguiram reverter a diferença e terminamos em 1º geral entre 6 equipes. Uma delas, que chegou atrás da nossa, acabou desclassificada por ter descumprido essa regra do desrraiamento. Fiz minha perna em 1:36, com frequência cardíaca média de 142 e máxima de 173. Infelizmente não consegui melhorar o tempo mais recente dos 400 m, de novembro do ano passado. Estava ainda mais cansada e fazendo 29 ºC. Dessa vez ao menos os valores de frequência cardíaca medidos pelo TomTom foram mais razoáveis. 

Como o revezamento foi adiantado e não teríamos a medalha entregue no dia, voltamos para casa mais cedo e, antes das 14 h, estávamos em casa. Os problemas nesse campeonato foram mais de arbitragem do que da organização em si, pois as provas não atrasaram por culpa da AVAt; acabou que tudo terminou adiantado.       

Adorei a nova equipe, com o pessoal bem motivado. Ainda fui convidada a correr pela equipe UCA de Timbó a Taça Brasil Master pelo Jerry, o coordenador técnico da Muvuca, que é de SC. Na próxima competição, a Muvuca deve ganhar mais um atleta, meu marido André. Ele foi incentivado por todos, além de ficar morrendo de vontade de participar!

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