Corrida de São Sebastião 2023


Fiz a minha inscrição assim que abriu, no dia 7/12. Desde 2018 que não corria a São Sebastião por dar prioridade a outras competições. Desta vez poderia fazer a inscrição com um "seguro" para caso acontecesse algo, como lesão, doença ou compromisso, que me impedisse de competir. Meu marido André também se inscreveu para correr os 10 Km na categoria PCD por ter surdez parcial, para poder concorrer à premiação, o que eu achava arriscado por ele não estar habituado com a distância e correr no calor do verão.

Achei um tremendo absurdo a retirada dos kits ser em dias de semana de 8:00 às 17:00, algo que reclamei por e-mail com a organização, ainda mais que inicialmente era até às 18 h. Em qualquer corrida que tem retirada durante os dias úteis, as mesmas sempre terminam tarde, inclusive a São Silvestre. Nesta, só tinha como retirar numa quarta e numa quinta nesse horário inviável para quem trabalha presencialmente. Mais vergonhoso ainda é o fato de nunca ter sido respondida.

Na quarta-feira dia 18 saí de casa às 16:15 e encontrei meu marido no local da retirada de kits, o Estádio de Atletismo Célio de Barros, às 16:30. Ao menos não tinha fila. Fiquei indignada de pagar um total de R$ 138,81 para o kit ter apenas uma sacola de plástico, um número com chip e uma camiseta sem marca, 2 Ms que parecem ser GG, sem nenhum brinde extra. Não é a toa que passei a dar prioridade a outras corridas e passei a deixar a São Sebastião de lado: sem o patrocínio da Caixa a corrida caiu muito, não tendo mais premiação em dinheiro para os campeões e nem kit decente. Também foi muito fraca a "feirinha" com itens a venda. Não tinha nada além de óculos, porta número e porta garrafa, viseiras e camisas de edições passadas. Infelizmente não tinha venda de shorts, algo que estávamos precisando bastante.

Outra coisa que chamou a atenção foi ver a pista totalmente abandonada servindo de estacionamento de carros de polícia.

No dia 20, acordamos às 5:40, tendo dormido mais ou menos bem, nos preparamos, saímos às 6:20 para ir rumo ao Aterro do Flamengo. No caminho presenciamos um assalto a um carro enquanto estávamos em Laranjeiras. 

Chegamos ao local às 6:40, já vendo muita gente. Tiramos fotos, deixamos nossas bolsas no guarda-volumes e fomos nos posicionar. Infelizmente, não tinha mais o caminhão banheiro, tendo apenas os químicos. A sorte era que ao menos tinha bastante banheiro.

Conseguimos nos colocar lá na frente mesmo tendo muita gente e, dada a pontual largada, os vips e o pessoal indevido que sai na elite atrapalharam um pouquinho, porém nada de mais.

Pela falta de hábito de corrida de rua, saí forte e acabei passando o Km 1 para 4:39, algo que obviamente não consegui manter. O clima também não ajudou nada: passei por 2 termômetros marcando 32 °C e 29 °C de sensação térmica; o que é muito quente para uma corrida cuja largada é às 7:30. Durante a prova tiveram 3 postos d'água, com o último estando quente.

Pela última curva não parecia ter muita mulher na minha frente. Finalizei os 10,14 Km pelo meu relógio em 51:33, com frequência cardíaca média de 168 e máxima de 174, já no final. Com esse tempo, a chance de conseguir troféu na faixa etária era mínima. Depois que cheguei fui pegar água e "fiz a feira". Infelizmente só tinha banana prata, mini maçãs e um bolinho vegano. Adorava quando tinha melancia!  Também não consegui pedras de gelo para passar nas pernas (talvez tivesse derretido tudo por causa do calor). Depois fui comprar shorts de corrida com a Iara, algo que estávamos precisando, e voltei para a barraca de frutas, onde marcara com meu marido. Ele veio todo feliz dizendo que fizera o tempo bruto de 1:06:30, o que é ótimo para alguém que não treinou adequadamente e fez sua primeira corrida.

Encontramos a Elza, com quem tiramos fotos, vimos um cara vestido de Chucky, e fomos embora por volta das 9:30 bem felizes, num ônibus lotado de corredores, pela manhã maravilhosa que tivemos. Se tivesse tido sorteio teríamos ficado mais um pouco mesmo quase nunca tendo ganhado em sorteio de corrida.

Comentários