Corrida de São José


Depois de 10 anos, resolvi voltar a correr esta corrida, por cair num domingo. Quando fui na primeira edição, foi numa terça-feira à tarde. Fui pela manhã para Itaperuna, cujo padroeiro é São José, e voltei à noite, para trabalhar no dia seguinte, algo muito cansativo. Não tem como me lembrar do troféu que ficou lá na antiga Federação (FARJ) e nunca consegui pegar. A partir de 2014 a corrida passou a ser de manhã, o que deixava isso inviável. Então, André e eu resolvemos ficar hospedados no sábado para correr no domingo pela manhã, saindo do Rio às 10:38 no sábado diz 18, e voltando às 12:45 no depois da corrida.

Fizemos nossa inscrição assim que abriu com medo de que as 500 vagas se esgotassem logo. Também compramos as passagens com antecedência, para não ter erro. Como a volta era no convencional, o André tinha direito à gratuidade. Já a ida, por ser no executivo, ele teria que pagar o preço inteiro para um ônibus que, como se sabe, não costuma ser lá essas coisas. Nem precisávamos ter tido pressa, pois as vagas só se esgotaram na semana da competição. Por ser deficiente, o André pagou meia. Tanto eu como ele nos inscrevemos pela Equipe Portão-17 Maracanã.

No sábado dia 18, acordamos às 8 h, tomamos café, arrumamos um pouco a casa, nos aprontamos e saímos por volta das 9 h para comprar um lanche para a viagem. Tinha dormido bastante, mas sem acordar bem, o que infelizmente é bem comum. Estava magra, com 49,2 Kg, até por ter ficado doente na sexta.

Fomos até a rodoviária, onde tomamos um café preto, e fomos até nosso ônibus, que estava marcado para sair às 10:38. Era um ônibus novo, coisa rara na 1001, que saiu apenas 4 min atrasado.

Em 2013, o ônibus tinha ido direto por Teresópolis, enquanto este foi por Niterói, onde perdemos muito tempo. Em 2013 a viagem era direta e, 10 anos depois, com conexão em Pirapetinga. Por causa do engarrafamento e motorista mole, chegamos na cidade só às 18:50, muito depois da previsão de 17:11. Uma passageira que sempre vai para Itaperuna, diz que sempre chega tarde com esse motorista e que, com outro, chegou às 17:30.

Falei com o organizador, o professor Godoy, durante e viagem e assim que cheguei para tentar pegar o kit ainda no sábado, cuja entrega se encerrava às 18 h no Clube Itapuã, perto da rodoviária e do hotel. Ele falou para irmos lá, num local tranquilo e afastado, onde pudemos ver vagalumes. Ele ainda nos deu carona de volta. No caminho, lembrava a edição de 2013, da qual ele e o outro rapaz não se lembravam tão bem.

No hotel tinha o anúncio de janta. Fiquei interessada. Entretanto, os pratos só eram servidos durante a semana. Subimos, fomos tomar banho, descansar e dormir.

Até que dormi rápido. Todavia, como não cobri a janela do quarto, a luminosidade atrapalhou meu sempre leve sono, fazendo com que acordasse diversas vezes por achar que já estava na hora de despertar, às 7:20. 

Ao levantarmos, fomos nos vestir e diretamente tomar café. Como íamos correr, eu ficava orientando o André sobre o que não podia comer e que tinha que ser pouco. Tinha um pudim de leite que parecia delicioso, mas que só poderia ser comido depois da competição.

Subimos para nos arrumar e sair trotando até o local de largada, a 1 km do hotel aproximadamente. Aproveitei para levar os quilos de alimentos que tinha esquecido de levar ao pegar o kit. 

Quando chegamos estava rolando a corrida infantil, que tinha começado às 8 h. Na locução, estava o professor Popó, de Natividade, cuja corrida ainda quero participar, sempre em dezembro. Tiramos muitas fotos,  deixamos os alimentos e ficamos esperando na parte de fora da bela da Igreja São José de Avahy, onde foram disponibilizados os banheiros para os corredores. 

A corrida começou com um pouco de atraso, às 9:13, com a bênção e o Pai-Nosso do padre. Nesta edição, por ser domingo, dia da Santa Missa, não teve muito padre participando. Também senti falta do simpático bispo da edição de 2013.

Eu estava com a frequência cardíaca alta, por conta do desgaste, má noite e ter passado mal na sexta, desde o aquecimento. Para piorar, o sol estava forte, quase sem nuvens. Pelo que vi da previsão, devia estar uns 27 °C, com umidade mediana. As pessoas reclamam do horário, que é muito quente. Eu prefiro correr mais tarde por me sentir mais disposta. Além disso, foram 3 postos d'água. Mesmo com o calor, acredito que um só no meio estaria de bom tamanho. Eu só peguei no 1º e 2º. Apenas no 1º era com copo, com nos 2 últimos com garrafinha. Preferi não jogar água em cima de mim por não achar tão quente assim.

Dada a largada, procurei não forçar muito. Fizemos 500 m, teve a primeira curva, fomos 3 Km no sentido oposto e voltamos novamente para o sentido da largada. Nessa última curva fui contar quantas mulheres tinham na minha frente. Pelos meus cálculos, era a 10°. Passei uma e fui ultrapassada no finalzinho, terminando os 4,87 Km pelo meu relógio em 23:07, com frequência cardíaca média de 174 e a máxima, de 177, o que mostra meu desgaste e esforço. 

Ao terminar, peguei o lanche e voltei trotando para o hotel, para tomar um café da manhã decente, já que estava incluído na diária. Nem eram 10 h e o pudim já tinha acabado. Pior que vi mesa com gente que tinha pegado, mas não tinha comido, desperdiçando comida e deixando os outros sem provar o doce. Aliás, muita coisa já tinha acabado porque tinha uma banda que eu não conhecia hospedada no hotel. Pareciam ser artistas conhecidos dos colaboradores da hospedagem, porque pediam para tirar fotos, etc.

No caminho de volta, encontrei o André no final do percurso. Algum tempo depois, ele chegou para tomar café. Infelizmente não soube parar o relógio que tinha lhe emprestado. Por isso, não tinha como saber seu tempo. 

Às 10:30, horário em que o professor Godoy disse que começaria a premiação, fomos para a frente do pódio. Estava atrasado e ainda premiavam as crianças. Tentei saber meu resultado, só que eles ainda estavam apurando. Quando começou a premiação geral, consegui saber que tinha sido a 14° geral e a 5° da faixa-etária. Já o André tinha sido o 134° geral e o 12° da faixa-etária. Como não tinha ganhado nada, voltamos para o hotel para comer mais um pouco, arrumar as malas e descansar. Às 12 h fizemos check-out e ficamos na recepção do hotel esperando dar a hora de pegar o ônibus da volta. 

Às 12:45 pontualmente, um ônibus com só mais uma passageira além de nós saiu. Aparentemente, foi o mesmo da ida, no mesmo modelo,  novo e limpo. A pergunta que fica é: como pode o mesmo ônibus ser executivo na ida e convencional na volta? Isso é palhaçada para cobrar mais caro e não dar gratuidade. Era confortável como um executivo, porém sem água e com Wi-Fi sem Internet. Para piorar, tanto a ida como a volta, como passava no meio do nada, ficávamos sem sinal por muito tempo. A volta foi por Campos, onde entrou bastante gente, e Niterói, sem passar por Rio das Ostras, o que ocorreu quando voltara de Campos para casa depois de ir de Itaperuna para Campos na volta em 2013. Na época eu me lembro de os dois ônibus da volta estarem cheios e cacarecados.

Ainda no caminho, conseguimos ver os resultados. Eu na verdade fui a 4° da faixa-etária de 25 atletas, com o tempo oficial de 23:20. No geral feminino realmente fiquei em 14° de 151. Já no geral absoluto, fui a 90° de um total de 489 participantes. A minha categoria novamente foi à mais difícil; em qualquer outra eu teria sido premiada com meu tempo. Já o André foi o 12° de 19 atletas na faixa-etária, 134° de 238 homens e 168° no geral absoluto, com 27:37. Achei seu desempenho impressionante para quem praticamente está sem correr desde a São Sebastião. O meu também foi o melhor que tive desde a lesão no joelho em novembro de 2020. 

Chegamos às 20:59 na rodoviária, novamente com atraso, embora menor do que o da ida. Precisamos pegar um táxi comum porque o aplicativo do Uber estava sobrecarregado, pagando uma paulada de R$ 83,00. Chegamos em casa às 21:20, muito cansados, contudo felizes por mais um fim de semana de viagem e competição maravilhoso!



Comentários