29º Campeonato Estadual de Atletismo Master

 


Ainda antes do troféu do prof. Celby, inscrevi-nos para o estadual, já que as inscrições terminavam no dia 10/05. Ao contrário do primeiro, que onde só teve 49 inscritos, neste foram 173 inscritos, tendo inclusive a atleta olímpica Geisa Coutinho para competir comigo nos 800 m.

Na antevéspera, na sexta dia 16, dormi bem só que acordei inchada, com 51,3 Kg. Já na véspera, dormi mal, com muita alergia, e, ao me pesar, estava com 50 Kg, já o André pesava 62 Kg. Levantamo-nos às 7:05, arrumamo-nos e saímos de casa às 7:30, para pegar o 383 para o CDA, que chegou relativamente rápido.

Chegamos lá às 8:45. Identificamo-nos na portaria, pegamos nossos números com a Dalva na barraca da Muvuca da Vovó, confirmamos com a arbitragem os 800 m e fomos lanchar na cantina. Dessa vez o mato estava cortado, porém jogado, e sem tantos carrapichos para nos espetar. Fomos de calça, entretanto, aparentemente atleta podia entrar de short. Só que é sempre melhor não arriscar.

Ao voltarmos, vi que tinha me enganado e que a primeira prova era a minha, os 800 m, às 10:15. Só que, por causa de desorganização do quartel, estava tudo fechado quando a organização chegou, assim como estava fechado para pegar as barreiras. Além disso, a cronometragem eletrônica falhou. Então, atrasou tudo! Enquanto aguardávamos, tirei fotos com a Selminha Sorriso, porta-bandeira da Beija-Flor, que tinha finalizado o salto em distância. Descobri mais tarde que ela fora da equipe da Gama Filho quando jovem, ou seja, era fera nas pistas também.

Acabou que só fui largar os 800 m às 11:59, com largada em arco para agilizar. Eram apenas 14 atletas e várias faltaram, inclusive a Geisa. Sorte que estava fresco, fazendo entre 21 e 22 °C. Tinha previsão de chuva e até choveu de madrugada. Todavia, na corrida só estava nublado. 

Saí meio forte, fui ultrapassada e ultrapassei algumas. No final, fiz impressionantes 3:06.4, tempo que eu fiz no estadual de 2017. Melhor do que isso, só em 2015! Fui a 6° geral de 17 atletas e a 2° de 2 da minha faixa etária, perdendo por muito pouco para a Alexandra. Fiz muita força, tanto que a frequência cardíaca média ficou em 169 e a máxima, em 174.

Finalmente pude lanchar direito e fui ver a corrida do André. A prova masculina também foi em arco e ele saiu muito forte, cansando muito na segunda volta. Acabou que ele foi o 12° geral de 15 atletas e o 3° de 3 atletas na faixa etária com 3:26.6, um tempo muito bom para quem quase não treina.

Após isso, fomos para a cantina lanchar mais e descansar. 

A etapa da tarde também atrasou um pouco. Nem chamaram no microfone os atletas. Quando fui perguntar, as atletas dos 1500 m já estavam na pista.

A largada foi dada com 28 min de atraso, às 14:28. Sabe-se lá o porquê, mas forcei, saindo em 2° e terminando em 3° geral de 12 atletas e em 3° da de 3 da minha faixa etária. Fiz em 6:25.4 com frequência cardíaca média de 171 e máxima de 176. Gostei muito do meu desempenho. Por menos de 1 s não foi meu recorde da temporada. 

Já na do André, que foi logo depois, ele não forçou muito e, ainda por cima, parou antes da hora achando que já tinha terminado quando ainda faltava uma volta. Acabou que ele finalizou em 7:19.5, sendo o 11º de 13 atletas e o 2° de 2 atletas da faixa etária.

Enquanto aguardávamos a chamada do revezamento 4 x 100 m, saiu a premiação dos 800 m. Perguntei à arbitragem se dava tempo de ir à outra pista me aquecer e disseram que sim. Todavia, antes de terminar, chamaram-me de volta porque já estavam entrando na pista. O revezamento estava marcado para às 15:30 e saiu um pouco antes das 16 h. Eu fui novamente a 2º mulher, pegando outra vez da Iolanda. Dessa vez não teve esbarrão. Depois fui diretamente lanchar. Quando voltei, o André já tinha corrido seu revezamento. Fomos pegar nossas medalhas no 1500 m, ele fez um lanche e fomos embora sem esperar pelas medalhas do revezamento, que deve ter demorado a sair porque os resultados ainda não tinham saído enquanto estávamos no ônibus de volta para casa.

Quando chegamos, fui acessar e minha equipe, que correu na categoria de 30, foi a 1º de 1 equipe e a 3º geral de 7 equipes, com 1:12.2. Já a do André constava como desclassificada. Inicialmente estava com pontuação e medalha de prata. Depois o resultado ficou separado, com ouro e sem pontos. Infelizmente, ninguém da equipe sabia informar o que houve. 

No dia seguinte, domingo dia 18, o André acordou às 5 h para pegar um táxi ao CDA, pois a prova dele era às 7:30. Já eu fiquei na cama até às 5:50. Entretanto, já estava acordada desde às 4 h sem conseguir mais dormir. Às 6:20 saí de casa e às 6:45 chegou o 383. 

Às 7:30 cheguei, vi meu marido correndo e constatei que um atleta da equipe dele queimou o revezamento. Ele fez os 5000 m em surpreendentes 25:45.4, sendo o 1° de 2 da faixa etária e o 5° geral de 8 atletas. 

O Luiz passou mal na corrida e desmaiou. Só que a ambulância tinha ido para o lugar errado, para a corrida de rua que estava acontecendo no MUSAL. Inclusive teve gente que perdeu prova porque os soldados mandaram para lá, sendo o mesmo caso da ambulância. Só quando ela conseguiu chegar, porque a corrida engarrafara tudo, que a competição pôde continuar, causando atraso.

Acabou que o meu 5000 m atrasou 28 min e saiu às 9:28. Sorte que foi um dia fresco, com temperaturas entre 19 e 23 ºC. Estava cansada, saí em 2º e acabei em 3º, perdendo novamente para a Nair, que me deu 2 capotes, e para a Alexandra. Terminei a prova com 24:47.3, sendo a 3° de 3 atletas da faixa etária e a 3° geral de 9 atletas. O cansaço foi sentido na frequência cardíaca baixa, pois não consegui forçar, com a média de 163 e a máxima de 168. 

Pouco depois já chamaram para o revezamento 4 x 400 m, que ia ser muito adiantado, só que saiu apenas um pouco antes, às 11:19 ao invés de 11:30. O Jerry, diretor técnico, mudou a ordem do 4 x 100 m, com as 2 mais velozes, que são feras, abrindo e fechando. Eu peguei da Nair em 1º geral e forcei ao máximo para não perder a posição, com a Selminha Sorriso no meu cangote. Acabou que mesmo cansada fiz em incríveis 1:28, com frequência cardíaca média de 162 e máxima de 170! Melhor do que isso só em 2018. Passei o bastão para a Iolanda, que foi passada por 2. Quando a Wanessa pegou, ela correu assustadoramente forte e passou as 2, fazendo com que fôssemos a 1º geral de 8 equipes e a 1º de 1 equipe da faixa etária de 30 com 5:26.4. Por pouco não batemos o recorde estadual da categoria, sendo que sou recordista estadual da categoria. Sabia que a Nair é uma grande atleta da marcha, mas a Wanessa eu não conhecia. Ela simplesmente é uma campeã dos 400 m com barreiras. 

Quando terminamos, fui atrás do André. Como ele ficou fora do revezamento 4 x 400 m, fomos almoçar na cantina. Lá, a atendente perguntou se ele tinha se achado direitinho. Só aí fiquei sabendo que ele também tinha se perdido pois fora mandado para o MUSAL e não para o CDA e a moça o ajudara a ir para o local certo. Sorte que ele tinha chegado cedo. Senão, seria mais um a perder prova por desorganização do CDA. Para quem entrou a pé, eles sabiam orientar. Entretanto, para quem entrou de carro, os soldados não sabiam indicar o local certo e mandavam todo mundo para o MUSAL.

Peguei as minhas medalhas que faltavam, fomos tirar fotos e fomos embora. Ao ver os resultados finais, vi que a Muvuca foi vice geral e campeã feminina. O que ajudou e muito a Muvuca foram os revezamentos, que contam em dobro. No 4 x 400 m eu ainda ajudei uma senhora de outro quarteto da minha equipe com as regras do revezamento que ela não conhecia. 

Comentários